14 de nov. de 2007

A farsa do governo e da Petrobrás

Por Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário.

A descoberta de Petróleo e gás na bacia de Santos foi anunciada em abril de 2006, portanto há 19 meses. A noticia requentada agora, a meu ver tem como base melhorar as negociações com Evo Morales, o que não aconteceu, e o pior, foi a retirada de 41 áreas que já tinham sido oferecidas as empresas privadas através de concorrência, causando mal estar nos investidores que já tinham aplicado bastante dinheiro para se habilitar nas concorrências, ficando as áreas, que poderiam ser exploradas pela iniciativa privada, para a Petrobras. Demos outro passo para trás. Que coisa!
Para os que não sabem (ou não querem saber) e também os que não entendem, hoje, a iniciativa privada já tem 25% da exploração de petróleo em nosso país, o que mostra o grau e o tamanho dos investimentos no setor. Se a abertura fosse maior, já estaríamos auto-suficientes a muito tempo, mas o governo de alguma forma emperra.
Agora o governo Lula, dando uma de Hugo Chaves quer modificar a lei, talvez a maior conquista da sociedade brasileira, para a Petrobrás receber áreas de exploração sem concorrência o que nos leva mais uma vez, a ficarmos dando solução antigas para problemas novos.
Esta semana as ações da Estatal subiram muito com a noticia do aumento das reservas, mas com o balanço do 3º trimestre muito ruim as ações foram abaixo e a causa principal foi a ação entre amigos com o aporte de capitais feito pela empresa no Fundo de Pensão. Se a nova lei passar, os investimentos privados vão a zero e voltaremos a 1954, quando Getulio Vargas criou a Estatal e que levou 56 anos para termos (quase) a auto-suficiência em petróleo, justamente pelo monopólio exercido.
Somente a mentalidade idiota latino-americano é que acredita no estado empresário que tem feito tanto mal ao Brasil e aos brasileiros especialmente no setor petrolífero, ao mesmo tempo em que tem causado tantos “benefícios” aos políticos. Na verdade, são apenas eles que ganham.
O governo é empresário na saúde, na educação, na segurança, na infra-estrutura. Qual o brasileiro de sã consciência que acredita nisso? Somente os empresários sem risco (os políticos) que vivem à custa da miséria do povo e do dinheiro alheio, pois tem o contribuinte para pagar a preguiça e o buraco dos administradores públicos.
Só um lembrete: nos últimos cincos anos a iniciativa privada investiu no Brasil, um total de 1 trilhão e meio de reais e o governo em infra-estrutura 65 bilhões. Dá para comparar? O “investimento” do governo é menos que os programas sociais no mesmo período. Somos de fato uma “locomotiva”.

8 comentários:

Anônimo disse...

Oi Adriana,

Todo mundo defendendo a idéia do Bom Dia Brasil que a notícia foi requentada. Ninguém teve o trabalho de verificar o que foi publicado (acho que tô com mania de buscar as fontes - aguardem uma pesquisa que tô fazendo sobre a origem da tese do 3° mandato).
Leiam o original e decidam vcs mesmos, sem assinar em branco a tese da Globo:
É muito grande a diferença entre estas notícias de 2006 e a atual, que confirma o tamanho do poço encontrado pela Petrobrás. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0510200622.htm | http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1307200626.htm | http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1207200609.htm |

Anônimo disse...

Uma coisa nao invalida a outra. O governo Lula é um desastre sob qualquer angulo que se veja, e sendo corrupto é lógico que vai querer buscar um terceiro mandato.

Anônimo disse...

Uma coisa nao invalida a outra.

Anônimo disse...

Por favor Sr DEUS faça com que o Brasil sobreviva ao desgoverno Lulla.

ma gu disse...

Alô, Adriana.

Claríssimo o requentamento da notícia, que só serviu para alguns especularem na Bovespa a partir do crime do sapo barbudo em fornecer informação privilegiada, ao tentar escapar da gozação do sapo bolivariano Chavez.
Continuando, alô caro Ampaix, seus endereços só podem ser acessados por clientes do Uol ou da Folha. Que pena...
Enquanto isso, encontrem notícias bem mais antigas em:
Press release da Shell em 2001.
http://www.dep.fem.unicamp.br/boletim/BE20/dez_18_2.html

Cursos pós da UFRGS já em 2001
http://www.geopetro.ufrgs.br/projetos_santos.html
e
parte do discurso da deputada Telma em audiência pública na Câmara de Santos, em Março de 2007 (petista e, neste caso, insuspeita).
“Já em 2000, o potencial energético da Bacia de Santos, bem como a necessidade de nos prepararmos para aproveitar as oportunidades que se nos apresentavam, eram alguns dois eixos centrais de minha campanha à Prefeitura de Santos. Infelizmente, adversários políticos qualificaram essas propostas de “fantasias”, fazendo até mesmo insinuações maldosas sobre a sanidade da então candidata. Nem um ano se passou e a Petrobras deu início aos leilões de áreas potencialmente promissoras, em termos da existência de gás e petróleo, na Bacia de Santos; logo depois, era anunciada a descoberta das primeiras jazidas de gás natural".

Anônimo disse...

Oi Magu,
esqueci do detalhe da assinatura.
O primeiro de 05/10/2006:

Petrobras vê reserva maior de óleo leve em Santos
Primeiro teste indica que volume torna a exploração viável economicamente

Óleo foi encontrado abaixo de camada de sal; poço tem vazão de 4.900 barris de petróleo e de 150 mil m3 de gás natural por dia

ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO

A Petrobras informou ontem que descobriu um volume significativo de óleo leve -de maior valor econômico- em uma nova fronteira exploratória da bacia de Santos. Em julho deste ano, a empresa já havia comunicado a existência de óleo no local, mas a novidade divulgada ontem é que, pelo primeiro teste realizado, o volume pode ser significativo, o que torna a operação viável economicamente.
O teste realizado no poço mostrou vazão de 4.900 barris de petróleo e de 150 mil metros cúbicos de gás natural por dia, considerada pela empresa e por analistas como suficiente para justificar os altos custos de exploração em águas profundas, já que o óleo foi encontrado abaixo de uma camada de sal de 2.000 metros de espessura.
O gerente-executivo de Exploração e Produção da Petrobras, Francisco Nepomuceno, diz que só com a perfuração de novos poços na mesma área a empresa poderá ter uma estimativa melhor do volume total.
"O que descobrimos por enquanto é que o local tem economicidade porque o óleo sai com facilidade e com pressão muito boa. O tamanho só saberemos depois de perfurar mais poços na área, mas estamos animados com a expectativa de que seja uma grande descoberta."

Exploração difícil
Luiz Otávio Broad, analista do setor de petróleo da corretora Ágora, destaca que a notícia é positiva. "O que a Petrobras informou de novo é que a descoberta pode ser viável economicamente, mas é preciso perfurar mais um ou dois poços para uma melhor avaliação."
Nepomuceno explica que, diferentemente da bacia de Campos -principal bacia produtora de petróleo-, o óleo encontrado no poço da bacia de Santos estava abaixo da camada de sal, o que torna a exploração mais difícil. Em compensação, o óleo encontrado é muito mais leve do que o encontrado em Campos, por ter 30º de API (medida de densidade). "Isso é muito próximo do óleo que importamos dos países árabes."
Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, concorda com a análise de Nepomuceno: "A descoberta é significativa porque, pelo desenho geológico da área, pode haver bastante petróleo. Além disso, é positivo também o fato de ser óleo leve, já que a maior parte do que produzimos é óleo pesado e temos de importar óleo leve de outros países para fazer um "mix". No entanto ainda é prematuro estimar o volume total de óleo no local".
Pires explica também que o período entre a descoberta do óleo até a sua efetiva comercialização costuma demorar de três a cinco anos.

Anônimo disse...

Folha 13/07/2006:

Novo poço levará de 6 a 7 anos para ficar pronto, diz Gabrielli
DE NOVA YORK

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse ontem que o poço de óleo leve descoberto pela empresa na bacia de Santos ainda deve demorar alguns anos até que esteja apto para extração. "Se as coisas derem certo, levaremos de seis a sete anos para desenvolvê-lo."
Gabrielli disse ainda, em Nova York, que a estatal pode ter dificuldades num cenário de alta demanda por álcool.
"Poderemos ter problema na oferta se a demanda subir muito rapidamente. O Brasil consome a maioria de sua produção atual, sem mencionar que as capacidades de exportação teriam de ser reajustadas."
Gabrielli descartou, porém, a partir de perguntas de investidores e analistas de mercado, que a estatal passe a produzir álcool. "Não refinaremos. Vamos comprar. A Petrobras terá navios específicos para transporte do produto", respondeu.
Gabrielli criticou ainda a reserva de mercado dos EUA e barreiras protecionistas do governo americano.
"A oferta de álcool para os EUA não é nossa maior prioridade. Temos o nosso próprio mercado para suprir. Temos contratos com o Japão. Sem dizer que as regulamentações do mercado nos EUA e da indústria automobilística precisarão mudar para conseguirmos acesso real a esse mercado."
Hoje o país é o maior produtor e exportador de etanol. (VQG)


O terceiro eu postei só a sinopse e não tô achando o artigo, mas também fala da descobrta com possibilidade de ser grande.

Li um dos artigos postados por Magu (o da UFRS é bem técnico), que corroboram com o que escrevi:

"As reservas são estimadas entre 300 milhões e 500 milhões de barris"
O anunciado agora são 8 bilhões de barris, com possibilidade de ser maior ainda.
Sinceramente eu torço para dar tudo certo.

Anônimo disse...

Õ governo fedentino!!!