22 de nov. de 2007

O Pará não merece isso

Por Chico Bruno

A história da mulher, não interessa se tem 15 ou 20 anos, que esteve presa numa cela na cadeia de Abaetetuba, no Pará, por quase um mês com 20 homens é uma demonstração cabal que o país perdeu todos os parâmetros de civilidade.
Não é possível que um delegado e seus auxiliares não tenham o mínimo bom senso em perceber que estavam cometendo um atentado contra os direitos humanos.
A secretária de Segurança Pública, Vera Tavares, uma militante da causa dos direitos humanos no Pará, tomou apenas uma providência burocrática, determinou que as corregedorias da Polícia Civil e do Sistema Penal abram inquérito disciplinar para “apurar, responsabilizar e corrigir de imediato as distorções encontradas”.
A secretária Vera Tavares, em função das evidências, deveria ter afastado dos cargos e recolhido os envolvidos, no mínimo, em prisão domiciliar.
Já a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, ao invés de dançar carimbo na solenidade de encerramento do Simpósio da Amazônia, em Brasília, deveria ter dado uma mínima satisfação aos paraenses e aos brasileiros.
O mais grave é que o delegado de Abaetetuba, Celso Viana, informa que o Ministério Público sabia que a jovem estava presa há 15 dias, tinha pedido à Justiça para liberá-la e a polícia aguardava o alvará de soltura.
A história é realmente surreal e expõe ao ridículo o estado do Pará e o país, principalmente pelas ações posteriores ao episódio.
A governadora e a secretária precisam agir com rigidez, pois não interessa a idade da jovem, se é isso ou aquilo, se tem duas certidões de nascimento, uma verdadeira e outra falsa para fraudar o programa Bolsa Família, conforme declara o delegado Celso Viana a imprensa paraense.
O que entristece é que os culpados pela barbaridade, que envergonha o Pará e o país, não tenham, ainda, sido punidos.
É injustificável, por todas as evidências, que eles, ainda, estejam usando a mídia para tentar confundir a opinião pública com suposições duvidosas, ao invés de estarem sofrendo as conseqüências de ato tão brutal contra os direitos humanos.

4 comentários:

Stefano di Pastena disse...

Não há povo mais imundo, violento e primitivo do que o brasileiro.

Anônimo disse...

O Brasil, depois que o povão chegou ao poder, está se tornando uma nação suicida. A plebe ignara está se instalando paulatinamente em Brasilia e, de lá, ditará valores e costumes que lhe é próprio. Era tudo o que imaginava o grande lider Marx. A tal democracia quantitativa. Como a qualidade é escassa e assume sempre a liderança e isso é uma injustiça da natureza que o homem, senhor de seu destino, deve consertar, então preserve-se a quantidade. Fico sempre a me perguntar sobre a incoerência do socialismo com base na ciência. Quem estuda os sistemas cibernéticos sabe que a quantidade de informação é inversamente proporcional à entropia de um sistema, particularmente os sistemas biológicos. Pois não é que o marxismo quer a plebe ignara liderando o seu próprio destino?
Estamos indo para as calendas, mas felizes como pinto ciscando no lixo.

Anônimo disse...

Quando reli o meu comentário quase que fui me juntar ao dito povão.
Fiz um erro de concordância digno de cargo de ministro. Retifico em nome da gramática - coitadinha, ela não merece isso - e da escolaridade que obtive através de excelentes professores, particularmente o de português. Perdão dona Luci. Sou novo ainda e prometo estudar mais.

A frase "A plebe ignara está se instalando paulatinamente em Brasilia e, de lá, ditará valores e costumes que lhe é próprio" tem um erro crasso, absurdo, ridículo.

...costumes que lhe são próprios.

ma gu disse...

Alô, Adriana.

Chico Bruno disse que o Pará não merece isso. Sem querer ser maldoso, mas sendo... Hummm, sei não. Não elegeram a Careca, perdão, Carepa? Queriam o que da petelha? Direitos humanos?