Estou trabalhando esta manhã numa sala vazia de uma universidade federal. Enquanto fico verificando meus e-mails, atendendo perguntas de clientes no computador ouço os jovens engenheirandos e mestrandos de engenharia comentando a recém realizada eleição para reitor.
Estão aliviados. O candidato derrotado pretendia acabar com as fundações que mantém a qualidade do ensino técnico e tecnológico da universidade.
São fundações que contratam pesquisas com grandes empresas, pesquisas que rendem “royalties” para o departamento e parte para a reitoria. A conseqüência dessas fundações é visível a olho nu. Há prédios inteiros doados para a universidade por empresas e há prédios por iniciar.
Uma escapada até o cafezinho e ouço os alunos da área de humanidades reclamando. Dizem que do lado de cá do rio onde está a engenharia e afins há prosperidade. Do lado de lá estão as humanidades. Os filósofos e os advogados. Se fosse a Europa seria a Sicília. E com um detalhe: O presidente do Diretório Central de Estudantes sempre é de humanidades.
Então vejamos como isto é o espelho do Brasil. A área técnica trabalha com pesquisas distribuída entre pesquisa a longo, médio e curto prazo. Recebe investimento de empresas e percentagem do aproveitamento das pesquisas. Aí os alunos de humanidades reclamam porque as bolsas na área técnica são fartas, há equipamentos e os prédios estão tinindo de novos.
Sabemos que se a universidade quer recursos da indústria precisa oferecer serviços. Mas se os recursos forem desviados para letras ou filosofia não haverá como desempenhar adequadamente o trabalho de pesquisa. A pesquisa neste invejável centro de excelência do Brasil, com acordos internacionais de pesquisa, e trânsito regular de visitantes de universidades européias feneceria.
Mas para o pessoal de humanidades, politicamente alinhados com o governo federal, essa diferença não pode existir. As coisas boas que vem para a tecnologia têm de ser divididas fraternamente com as humanidades. Creio que era Nelson Rodrigues que dizia que “o brasileiro só é solidário no câncer”. É isso aí. Se a galinha quiser por ovos de ouro que ponha sem a ajuda de ninguém. Mas todos querem uma parte da receita da venda dos ovos.
Não criam seus estudos e procuram interessados em financiá-los. Preferem exigir uma fatia do bolo sem considerar que o bolo não será renovado se não mostrar resultados.
Mas o que podíamos esperar. O exemplo vem de cima. O país gasta seu fôlego nos anos de prosperidade econômica e se houver uma reversão viverá de sopa de pedra,
Então vejamos como isto é o espelho do Brasil. A área técnica trabalha com pesquisas distribuída entre pesquisa a longo, médio e curto prazo. Recebe investimento de empresas e percentagem do aproveitamento das pesquisas. Aí os alunos de humanidades reclamam porque as bolsas na área técnica são fartas, há equipamentos e os prédios estão tinindo de novos.
Sabemos que se a universidade quer recursos da indústria precisa oferecer serviços. Mas se os recursos forem desviados para letras ou filosofia não haverá como desempenhar adequadamente o trabalho de pesquisa. A pesquisa neste invejável centro de excelência do Brasil, com acordos internacionais de pesquisa, e trânsito regular de visitantes de universidades européias feneceria.
Mas para o pessoal de humanidades, politicamente alinhados com o governo federal, essa diferença não pode existir. As coisas boas que vem para a tecnologia têm de ser divididas fraternamente com as humanidades. Creio que era Nelson Rodrigues que dizia que “o brasileiro só é solidário no câncer”. É isso aí. Se a galinha quiser por ovos de ouro que ponha sem a ajuda de ninguém. Mas todos querem uma parte da receita da venda dos ovos.
Não criam seus estudos e procuram interessados em financiá-los. Preferem exigir uma fatia do bolo sem considerar que o bolo não será renovado se não mostrar resultados.
Mas o que podíamos esperar. O exemplo vem de cima. O país gasta seu fôlego nos anos de prosperidade econômica e se houver uma reversão viverá de sopa de pedra,
Um comentário:
Alô, Ralph.
É isso aí. E não sei se um dia a turma de Humanidades vai perceber que não há almoço grátis. Alguém sempre paga...
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