12 de nov. de 2007

Um Burro Coça o Outro

Por Giulio Sanmartini

Em 19 de julho, dois dias depois do maior acidente aéreo da América Latina, que deixou 199 mortos, acontecido no aeroporto de Congonhas (SP), o assessor especial do presidente da República, Marco Aurélio enquanto assistia ao Jornal Nacional, que atribuía o fato a uma falha mecânica isentando o governo, como se estivesse “comemorando” a notícia, fez por três vezes o gesto obsceno em que se bate a palma da mão aberta contra a outra mão fechada.
Ao seu lado, o assessor Bruno Gaspar se empolgou ainda mais e esticou os dois braços para a frente e depois trouxe os cotovelos em direção ao quadril, representando uma cópula.
A atitude de Marco Aurélio e do jornalista provocou revolta em políticos e na população.
Até hoje não sabe quem foi o responsável pelo acidente, serviu de bode expiatório o dono de um bordel perto do aeroporto Oscar Maroni filho, que foi preso e tudo ficou por isso mesmo.
Agora, valendo-se da fraca memória do brasileiro, o presidente lula perdoou o Marco Aurélio Top Top Garcia no caso daquela cena flagrada por um cameraman no Planalto. Tanto que foi Garcia quem acompanhou o chefe ao Chile, semana passada. Depois de meses sumido da comitiva internacional, Garcia fez sua reestréia como "chanceler", enquanto o ministro Celso Amorim despachava no Itamaraty.
Qual autoridade tem o presidente Lula para perdoar Marco Aurélio Garcia? esse perdão é prerrogativa exclusiva dos parentes daqueles que perderam suas vidas.
Só um cafajeste escolhe outro para seu assessor e perdoa suas cafajestadas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Giulio:
Brasileiro tem memória curta, creio não ser brasileiro. Quem não se lembra do episódio do ministro do Fernando Henrique, Rubens Recúpero? Aquele que deixou vazar pela Rede Globo, algumas confidências, pouco antes de uma entrevista ao seu repórter. E dias depois foi substituído. Agora é top, top, relaxa e goza, tão viajando mais porque a economia cesceu, pobre não paga CPMF e por aí vai...