Dora Kramer
As reações a cortes de gastos pós-derrota da CPMF são o retrato do Brasil, ninguém abre mão de nada: o Judiciário de seus palácios, o Executivo de sua máquina grandiosa e o Legislativo de suas emendas. Cortes são aceitos só se forem feitos na carne do vizinho.
Paralelo a isso, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) propõe, as centrais sindicais apóiam e a sociedade se convocada em plebiscito aprovaria a redução da jornada de trabalho sem redução de salários. No lugar de 44, 40 horas semanais. Afinal, o Brasil está pronto e ninguém é de ferro.
Todo mundo quer o seu, não se aceitam sacrifícios. É o império da lei do esforço mínimo e da benesse máxima. Foi assim que, finda a ditadura, os constituintes de 1988 e os grupos de interesse criaram um Estado benfeitor que não cabia nos limites da realidade.
Países desenvolvidos não cresceram à sombra da lassidão nem a poder de água fresca. Num cenário em que prevalece a cultura da facilidade, onde prepondera a mentalidade segundo a qual é possível aprender inglês dormindo e emagrecer comendo, a crença na reforma tributária pode ser incluída no plantel das ilusões do gênero.
Ler a matéria no Jornal Cruzeiro do Sul online
As reações a cortes de gastos pós-derrota da CPMF são o retrato do Brasil, ninguém abre mão de nada: o Judiciário de seus palácios, o Executivo de sua máquina grandiosa e o Legislativo de suas emendas. Cortes são aceitos só se forem feitos na carne do vizinho.

Todo mundo quer o seu, não se aceitam sacrifícios. É o império da lei do esforço mínimo e da benesse máxima. Foi assim que, finda a ditadura, os constituintes de 1988 e os grupos de interesse criaram um Estado benfeitor que não cabia nos limites da realidade.
Países desenvolvidos não cresceram à sombra da lassidão nem a poder de água fresca. Num cenário em que prevalece a cultura da facilidade, onde prepondera a mentalidade segundo a qual é possível aprender inglês dormindo e emagrecer comendo, a crença na reforma tributária pode ser incluída no plantel das ilusões do gênero.
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