Houve um tempo em que os congressistas que vendessem suas convicções políticas e seus compromissos eram execrados pelo colegas e pelos eleitorado.Passavam a carregar a mancha indelével da falta de caráter.
Todavia a barraca de feira entre Executivo e Legislativo escancarou-se, é uma coisa banal um deputado ou senador vender-se em troca de cargos e de verbas que lhes sirvam aos interesses eleitoreiros. Passou a imperar a falta de ética e de amoralidade.
Durante o mês de novembro, véspera da votação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governo empenhou R$ 644.814.286,37 das emendas de parlamentares ao Orçamento da União deste ano. Foi a maior autorização de gastos em todos os meses do ano, mais do que o dobro de setembro - R$ 265.030.101,97 -, mês em que havia sido registrado o recorde de empenhos, justamente quando a CPMF foi aprovada na Câmara dos Deputados em primeiro turno.
O estado que mais conseguiu verbas foi Minas Gerais, governado pelo tucano Aécio Neves, no qual o governo ainda confia numa providencial ajuda para aprovar a CPMF. Só em novembro, Minas foi contemplada com R$ 88.745.890,40.
Seguindo na ordem aparecem o Pará governado pela petista Ana Julia Carepa; o Amapá, feudo do sempre aliado José Sarney (PMDB) e o Acre do presidente interino do senado Tião Viana (PT). Quanto mais votos eles consigam trazer para a prorrogação da CPMF, mais prodigiosos lhes serão os cofres públicos nas emendas. Para se ter uma idéia, o Acre do PT recebeu o dobro de São Paulo do PSDB.
Toda essa patifaria, essa sacanagem é feita a luz do dia, sem o mínimo pejo.
É a chegada dos tempos.
(*) Legenda da Ilustração: Calma Querido... Dá pra ver a cara de nosso políticos com mais nitidez
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