Enquanto o governo cicatriza as feridas e procura culpados para a mais retumbante derrota de Lula, os analistas menos apaixonados sabem que o governo perdeu - para ele mesmo - por uma sucessão de erros imperdoáveis em política.
O primeiro erro foi a soberba. Achar que, como outrora, venceria fácil, como fez na Câmara. O segundo, e talvez mais grave equívoco, foi começar a negociação no Senado pela oposição. Ela queria impor uma derrota política ao governo e embolou a CPMF com tantos temas explosivos que fez o governo se expor e perder votos.
Na seqüência, o terceiro deslize ocorreu quando o governo, abatido no escândalo de Mares Guia, foi obrigado a trocá-lo pelo deputado José Múcio, que não sabe nem em que lugar fica o cafezinho no Senado, onde a maioria do Palácio é muito estreita. O quarto erro aconteceu quando o Palácio, tapeado pela oposição, foi reconciliar-se com aliados e escancarou o balcão. O preço estava tão alto que foi impossível pagar a pedida em emendas, cargos e favores.
No quinto tropeço, o Palácio pediu ao ex-presidente Renan Calheiros que adiasse a renúncia para não embolar ainda mais a situação da CPMF. Ressentido com traições petistas, a resposta foi um silencioso não, e a sucessão acabou provocando desgastes e novos dissabores.
No sexto desacerto, o governo, desesperado, vira-se novamente para a oposição e, em vão, tenta ressuscitar a superada política de governadores supondo que eles tenham ascendência sobre os votos dos senadores. Nenhum dos acionados - José Serra (SP), Aécio Neves (MG), José Roberto Arruda (DF), Ivo Cassol (RO), Yeda Crusius (RS) - conseguiu um mísero voto. O derradeiro e pior dos erros: quando se viu perdido, o governo capitulou. Cedeu 100% para educação e apenas um ano de vigência da CPMF. Demoliu o próprio discurso de que sem a CPMF o país rolaria abismo abaixo. Era só um blefe e todos perceberam.
(*) Jogo dos Sete Erros
O primeiro erro foi a soberba. Achar que, como outrora, venceria fácil, como fez na Câmara. O segundo, e talvez mais grave equívoco, foi começar a negociação no Senado pela oposição. Ela queria impor uma derrota política ao governo e embolou a CPMF com tantos temas explosivos que fez o governo se expor e perder votos.Na seqüência, o terceiro deslize ocorreu quando o governo, abatido no escândalo de Mares Guia, foi obrigado a trocá-lo pelo deputado José Múcio, que não sabe nem em que lugar fica o cafezinho no Senado, onde a maioria do Palácio é muito estreita. O quarto erro aconteceu quando o Palácio, tapeado pela oposição, foi reconciliar-se com aliados e escancarou o balcão. O preço estava tão alto que foi impossível pagar a pedida em emendas, cargos e favores.
No quinto tropeço, o Palácio pediu ao ex-presidente Renan Calheiros que adiasse a renúncia para não embolar ainda mais a situação da CPMF. Ressentido com traições petistas, a resposta foi um silencioso não, e a sucessão acabou provocando desgastes e novos dissabores.No sexto desacerto, o governo, desesperado, vira-se novamente para a oposição e, em vão, tenta ressuscitar a superada política de governadores supondo que eles tenham ascendência sobre os votos dos senadores. Nenhum dos acionados - José Serra (SP), Aécio Neves (MG), José Roberto Arruda (DF), Ivo Cassol (RO), Yeda Crusius (RS) - conseguiu um mísero voto. O derradeiro e pior dos erros: quando se viu perdido, o governo capitulou. Cedeu 100% para educação e apenas um ano de vigência da CPMF. Demoliu o próprio discurso de que sem a CPMF o país rolaria abismo abaixo. Era só um blefe e todos perceberam.
(*) Jogo dos Sete Erros
Weiller Diniz
3 comentários:
Alô, Giulio.
Enquanto isso, o governo não olha para o que é preciso olhar. Para demonstrar, transcrevo pequena nota na revista QuantoÉ, perdão, Isto É desta semana, a que tráz a figura de Ricaço Teixeira na capa, junto com outros:
Inferno no mar
A cia de cruzeiros marítimos SeaDream, uma das mais luxuosas do mundo, desistiu do Brasil. Seu presidente, Larry Pimentel, explica que não está dando para operar com as exigências de suborno para a liberação dos navios em nossos portos. - "Jamais vi algo tão corrupto quanto o que acontece no Brasil."
POIS É,ALÉM DE MATO GROSSO, PROVAVELMENTE O ESTADO MAIS CORRUPTO DO PAÍS, O PRESIDENTE ACOBERTA A CORRUPÇÃO DOS LITORAIS DO BRASIL. SABE POR QUÊ? PORQUE NAS BACIAS MARÍTIMAS TEM PETRÓLEO E AS NEGOCIATAS COM PREFEITOS E EMPRESÁRIOS SÃO DE ESTARRECER. A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA, AS CONSTRUÇÕES IRREGULARES EM ÁREAS DE MARINHA E O DESMATAMENTO CHEGARAM A NÍVEIS INSUPORTÁVEIS. ALÉM DE IR DAR FORÇA PARA O ÍNDIO, LÁ NA BOLÍVIA, É ISSO MESMO QUE O LULA VAI FAZER NAQUELE PAÍS: DAR CONTINUIDADE AO SEU PPROJETO ENERGÉTICO IDEALIZADO POR ZÉ DIRCEU.
O perigo é Larry Pimentel ser convidado à ocupar um ministerio no governo e ele aceitar, quem ja viu este fime antes???????????.
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