26 de dez. de 2007

Inflação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria pensar seriamente no risco de um repique inflacionário. Não há nenhuma catástrofe à vista, por enquanto, mas há sinais inquietantes tanto no exterior como no Brasil. Seria uma imprudência menosprezá-los.
O primeiro indicador anual fechado em 2007, o IGP-10, subiu 7,38% em 12 meses. Os especialistas do mercado financeiro vêm elevando suas projeções de vários índices para 2008 e têm razões para isso. O presidente conhece a importância da estabilidade de preços, principal fator da sua popularidade. Fará, com certeza, o que for possível para não perder essa vantagem sem resistir. Também não pretende assistir a um novo aumento de juros pelo Banco Central (BC), nem renunciar aos programas sociais mais importantes. Seu problema é descobrir como governar no próximo ano sem descumprir qualquer dessas três condições.
A inflação tem sido puxada, no mercado externo, principalmente pelos preços dos alimentos e da energia. Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Produtor subiu 3,2% em novembro. A alta acumulada em 12 meses chegou a 7,2%, a maior variação desde 1981. Alimentos e petróleo mais caros causaram a maior parte desse aumento.

Leia a matéria no O Estado de São Paulo

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