5 de dez. de 2007

"Não Mexa nas Minhas Viagens"

No Brasil inexistem os tumultos nas ruas e nas universidades, o nível de aceitação presidencial é quase absoluto e, dentro de sua insanidade, tem a certeza de ser o melhor presidente da história do país.
Isto tudo o difere do presidente venezuelano Hugo Chávez. Apesar de Lula esquecer que há uma recusa igual à sua aceitação no que concerne ao terceiro mandato, do acontecido com seu “compañero” ele só pensa no terceiro e, se vierem, outros mandatos. Mas, como faz ver Villas-Bôas Corrêa, Lula sabe que “o jogo para valer da sucessão só começará lá para meados, fim de 2008. E que antes tem vários nós a desatar. De imediato, a crucial aprovação da cobrança da Contribuição sobre Movimentação Financeira - a CPMF, mais identificável como o imposto do cheque, que promete engordar o cofre da viúva com R$ 40 bilhões por ano. A vitória difícil, ainda por um fio, obviamente facilitará a vida do presidente ao garantir a concentração de recursos no PAC, a última chance para acudir aos urgentes apelos para a realização das obras prometidas e que ficaram no ora-veja. A malha rodoviária em petição de miséria, um atoleiro de solenes promessas jamais cumpridas não pode esperar por mais acidentes, mortes e prejuízos materiais. Como os portos entupidos, que não atendem às urgências de exportadores e importadores. E o Nordeste, castigado por mais uma dramática estiagem, com a transposição do Rio São Francisco, ficou para quando?
Numa fase que não pode ser qualificada de tranqüila e otimista, o presidente encontrou a justificativa perfeita para fazer uma das coisas de que mais gosta: viajar pelo mundo nas asas do seu jato de uso exclusivo. Quase que o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, o surpreende com o apelo para adiar o giro programado para a próxima semana - quando irá a Argentina para a posse da presidenta Cristina Kirchner e de Buenos Aires segue para a Bolívia e a Venezuela - exatamente quando aqui aposta tudo na aprovação Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prorroga a cobrança do imposto do cheque até 2011.”

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