Os venezuelanos no último domingo deram uma demonstração ao seu ditadorzinho de “mierda”, que apostam na liberdade e brigam pela democracia, ao derrotar em referendo o projeto de reforma constitucional que daria super poderes ao ensandecido Hugo Chávez. Foi sepultada a ameaça de um socialismo autoritário que não combina com os avanços libertários da América Latina de hoje. O líder opositor Leopoldo Lopéz, que conheço pessoalmente, sintetizou em uma frase o pensamento da população: “Foi uma vitória de democracia. Com esta vitória todos os venezuelanos cabem em um mesmo projeto de país”. Lá, na Venezuela, quando se pensava no pior, aconteceu um sopro de liberdade.
Mas aqui, foi com um misto de decepção, asco e indignação que o país assistiu na terça feira, “um dia de finados”, nas palavras do senador Jefferson Peres, a uma grande e odiosa armação forjada dentro do Senado Federal com o compadrio do Palácio do Planalto, que culminou com a absolvição do senador Renan Calheiros, o parlamentar sobre o qual mais acusações de falta de decoro pesaram na história do Congresso Nacional.
Ao apresentar sua renúncia do cargo de presidente do Senado no mesmo dia sujo de sua absolvição ficou mais do que evidenciado o suposto “acordão” imoral com envolvimento de governo e oposição, numa demonstração evidente para os brasileiros que ali, salvo raras exceções, todos são iguais.
O relator do processo que pedia a cassação, senador Jefferson Peres, reafirmou que encontrou um conjunto de indícios robustos da culpa de Renan e citou aqueles que considerava mais consistentes: a confissão do empresário João Lyra, que teria se auto-incriminado quando revelou a sociedade oculta com Renan em emissoras de rádio; o fato de Renan não ter ido à Justiça contra a pessoa de João Lyra e sim contra suas empresas; a proposta de venda das rádios feita pelo senhor Nazário Pimentel a Renan, que na época ocupava o cargo de ministro da Justiça.Classificou como inverossímil, "uma história estapafúrdia", a alegação de que o senhor Tito Uchôa recebeu em sua casa João Lyra e Nazário Pimentel para que fossem efetuados os pagamentos da transação em dinheiro vivo, em vez de fazê-lo em cheques e em seus escritórios. Ele lembrou que Tito Uchôa foi ocupante de cargo de confiança no gabinete do senador Renan.
Renan foi à tribuna e fez uma defesa pífia, sem consistência e vazia, mas estava muito pouco preocupado com isso. Sabia antecipadamente que seria absolvido, pois assim foi o acertado. Na sessão da lama manteve-se sempre sorridente, cordial e até afável com aqueles que o iriam inocentar.
Os iguais que absolveram Renan também não estavam nem ai para a imagem já putrefata do Senado. Não entenderam a advertência do relator que disse “ver nuvens cinzentas no futuro deste país” e ainda alertou: “ a desmoralização da classe política é o ovo da serpente”.
Os que julgaram Renan inocente com certeza não compreenderam o recado das ruas quando em pesquisa divulgada esta semana um Brasil no limite de sua tolerância disse que considera o Legislativo brasileiro ruim ou péssimo. Ou a pesquisa de O Globo On line na qual 95% dos consultados apontavam para a condenação.
O presidente do Conselho de Ética, ( sic..sic ), o apatetado senador Leomar Quintanilha “tomou gás” e na onda podre da absolvição decidiu arquivar o quarto e quinto processos contra Renan Calheiros.Seria perder tempo, pois como os outros não daria em nada.
É assim que termina a maior afronta da história do Senado Federal ao povo brasileiro. E uma sociedade estarrecida, mas tomada de apatia e acomodação,engole mais um ato de marginalidade dos políticos que elegeu e vai continuar elegendo, pois é assim que somos, infelizmente. Em um país de vergonha o Congresso teria sido tomado e os seus integrantes enxotados do plenário podre. O Senado é um cadáver em decomposição literal , Renan um morto moralmente insepulto e o Brasil um país traído, por um parlamento indigno de existir, ilegítimo por suas atitutes ilegais e apodrecido por seus membros corruptos.
O relator do processo que pedia a cassação, senador Jefferson Peres, reafirmou que encontrou um conjunto de indícios robustos da culpa de Renan e citou aqueles que considerava mais consistentes: a confissão do empresário João Lyra, que teria se auto-incriminado quando revelou a sociedade oculta com Renan em emissoras de rádio; o fato de Renan não ter ido à Justiça contra a pessoa de João Lyra e sim contra suas empresas; a proposta de venda das rádios feita pelo senhor Nazário Pimentel a Renan, que na época ocupava o cargo de ministro da Justiça.Classificou como inverossímil, "uma história estapafúrdia", a alegação de que o senhor Tito Uchôa recebeu em sua casa João Lyra e Nazário Pimentel para que fossem efetuados os pagamentos da transação em dinheiro vivo, em vez de fazê-lo em cheques e em seus escritórios. Ele lembrou que Tito Uchôa foi ocupante de cargo de confiança no gabinete do senador Renan.
Renan foi à tribuna e fez uma defesa pífia, sem consistência e vazia, mas estava muito pouco preocupado com isso. Sabia antecipadamente que seria absolvido, pois assim foi o acertado. Na sessão da lama manteve-se sempre sorridente, cordial e até afável com aqueles que o iriam inocentar.
Os iguais que absolveram Renan também não estavam nem ai para a imagem já putrefata do Senado. Não entenderam a advertência do relator que disse “ver nuvens cinzentas no futuro deste país” e ainda alertou: “ a desmoralização da classe política é o ovo da serpente”.
Os que julgaram Renan inocente com certeza não compreenderam o recado das ruas quando em pesquisa divulgada esta semana um Brasil no limite de sua tolerância disse que considera o Legislativo brasileiro ruim ou péssimo. Ou a pesquisa de O Globo On line na qual 95% dos consultados apontavam para a condenação.
O presidente do Conselho de Ética, ( sic..sic ), o apatetado senador Leomar Quintanilha “tomou gás” e na onda podre da absolvição decidiu arquivar o quarto e quinto processos contra Renan Calheiros.Seria perder tempo, pois como os outros não daria em nada.
É assim que termina a maior afronta da história do Senado Federal ao povo brasileiro. E uma sociedade estarrecida, mas tomada de apatia e acomodação,engole mais um ato de marginalidade dos políticos que elegeu e vai continuar elegendo, pois é assim que somos, infelizmente. Em um país de vergonha o Congresso teria sido tomado e os seus integrantes enxotados do plenário podre. O Senado é um cadáver em decomposição literal , Renan um morto moralmente insepulto e o Brasil um país traído, por um parlamento indigno de existir, ilegítimo por suas atitutes ilegais e apodrecido por seus membros corruptos.
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