O governo Lula destinou sete milhões e quinhentos mil reais à organização não-governamental “amigos de plutão”, com o objetivo de investigar se o referido deus grego é, de fato e de direito, um planeta ou outro corpo de menor importância. Nada contra a ciência e nem é o caso de mensurar o que seja mais relevante para o desenvolvimento brasileiro – se socorrer vítimas, famílias carentes, a dança do Congo ou os amigos de plutão. Ao que parece, há também uma outra organização que investiga a possibilidade de vida na nossa lua e outras tantas que recebem do governo federal recursos para alfabetizar mortos, fantasmas e desaparecidos.
As organizações não-governamentais são as organizações mais governamentais que há no Brasil. É que o aparelho da esquerda precisa continuar fomentando pequenas filiais ideológicas, devidamente patrocinadas pelos cofres públicos. Aliás, viu-se o maior aparelhamento da burocracia comissionada que se tem notícia, tal qual gafanhotos invadindo secretarias e ministérios. Não bastasse isso, ainda ficaram de fora outros amigos de plutão e do partido que mereciam suas merendas cheias: proliferaram as organizações não-governamentais com o claro intuito de drenar dinheiro público.
Está claro que a sociedade civil deve mesmo se organizar e se ver livre da gravidade pública, por meio de prebendas graciosamente ofertadas. Nada mais eficientes que pequenos núcleos de pesquisa ou de ação comunitária para antever problemas relacionados à saúde, educação e segurança. Ocorre que, abaixo da linha do equador, não existe pecado desconhecido: inverteram-se os objetivos das Ong´s para subsidiar campanhas políticas futuras, sob pretextos dos mais católicos: qualificação de trabalhador do campo e da cidade, reinserção de presidiários no mercado de trabalho, qualificação de adolescentes ou idosos, formação de pequenos núcleos produtivos etc.
Aqui em Mato Grosso, pela simples análise do orçamento, percebe-se distorções na gestão equivocada de recursos públicos, isso sem falar nos amigos da chapada, do pantanal, do xingu, do araguaia, enfim. Pela tabela de despesas, vemos que as prioridades do atual mandato são, por ordem: educação, com o maior naco da bolada; justiça e segurança pública, em segundo lugar e, sucessivamente: administração, saúde e infra-estrutura, afora o maior de todos os encargos (o dobro da educação) que são os encargos gerais que ninguém sabe exatamente onde são aplicados.
Nenhum problema da divisão, mas o que chama atenção é o pauperismo de uma defensoria pública, diante do ministério público: o orçamento deste é cinco vezes maior. E os recursos destinados para as contingências são dez vezes superiores ao esporte e lazer, enquanto a cultura fica com menos da metade da casa civil e, finalmente, o meio ambiente com pouco menos de um décimo da infra-estrutura. São problemas de rota equivocada que levam um estado tornar-se mais ou menos propenso à violência ou ao desenvolvimento humano. Ao que tudo indica, prioriza-se uma política de contenção da violência, quando não se combatem as suas causas – tanto que a polícia já não pode mais prender ninguém, com o excesso de contingente nas cadeias mato-grossenses.
Evidente: o problema não está propriamente na falta de vagas no sistema prisional, mas na INEXISTÊNCIA de um recurso sequer para programas específicos que cuidem da família do desgraçado que já está segregado e caiu na malha do crime para nunca mais voltar ao trabalho. O índice de reincidência ultrapassa a 80% e, com os novos mandados oriundos de cabeças que acreditam que a cadeia resolve, promove um colapso do sistema penitenciário. Afora a inteligência e estratégias truncadas, é preciso considerar a margem de desvio de verbas públicas ou gasto desnecessário de dinheiro – ora, não era Lula quem queria informatizar todas as escolas do país, quando apenas metade delas tem energia elétrica? São pequenas megalomanias que autorizam o governo a entregar mensalmente a um José Dirceu, Lula e Genoíno uma boquinha de indenização por atos políticos que não praticaram na ditadura militar, esquecendo a multidão de verdadeiramente desaparecidos, torturados e mortos. País rico é assim – investiga plutão e paga bem aos revolucionários sindicalizados.
A penúria orçamentária brasileira que, proporcionalmente não é tão pobre assim, poderia ensejar avanços significativos com iniciativas inovadoras a baixo custo. Não só induzir a formação de uma classe altamente fiscalizadora como meios de emprego mais barato para um contingente subempregado. Fazer justiça com defensoria forte, cultura hígida, ambiente preservado, turismo valorizado. Ocorre que, desse jeito, não tem a mamata pros amigos de chapada, do manso, do araguaia, de plutão e de Lula. O bom mesmo é ser amigo do rei!
Aqui em Mato Grosso, pela simples análise do orçamento, percebe-se distorções na gestão equivocada de recursos públicos, isso sem falar nos amigos da chapada, do pantanal, do xingu, do araguaia, enfim. Pela tabela de despesas, vemos que as prioridades do atual mandato são, por ordem: educação, com o maior naco da bolada; justiça e segurança pública, em segundo lugar e, sucessivamente: administração, saúde e infra-estrutura, afora o maior de todos os encargos (o dobro da educação) que são os encargos gerais que ninguém sabe exatamente onde são aplicados.
Nenhum problema da divisão, mas o que chama atenção é o pauperismo de uma defensoria pública, diante do ministério público: o orçamento deste é cinco vezes maior. E os recursos destinados para as contingências são dez vezes superiores ao esporte e lazer, enquanto a cultura fica com menos da metade da casa civil e, finalmente, o meio ambiente com pouco menos de um décimo da infra-estrutura. São problemas de rota equivocada que levam um estado tornar-se mais ou menos propenso à violência ou ao desenvolvimento humano. Ao que tudo indica, prioriza-se uma política de contenção da violência, quando não se combatem as suas causas – tanto que a polícia já não pode mais prender ninguém, com o excesso de contingente nas cadeias mato-grossenses.
Evidente: o problema não está propriamente na falta de vagas no sistema prisional, mas na INEXISTÊNCIA de um recurso sequer para programas específicos que cuidem da família do desgraçado que já está segregado e caiu na malha do crime para nunca mais voltar ao trabalho. O índice de reincidência ultrapassa a 80% e, com os novos mandados oriundos de cabeças que acreditam que a cadeia resolve, promove um colapso do sistema penitenciário. Afora a inteligência e estratégias truncadas, é preciso considerar a margem de desvio de verbas públicas ou gasto desnecessário de dinheiro – ora, não era Lula quem queria informatizar todas as escolas do país, quando apenas metade delas tem energia elétrica? São pequenas megalomanias que autorizam o governo a entregar mensalmente a um José Dirceu, Lula e Genoíno uma boquinha de indenização por atos políticos que não praticaram na ditadura militar, esquecendo a multidão de verdadeiramente desaparecidos, torturados e mortos. País rico é assim – investiga plutão e paga bem aos revolucionários sindicalizados.
A penúria orçamentária brasileira que, proporcionalmente não é tão pobre assim, poderia ensejar avanços significativos com iniciativas inovadoras a baixo custo. Não só induzir a formação de uma classe altamente fiscalizadora como meios de emprego mais barato para um contingente subempregado. Fazer justiça com defensoria forte, cultura hígida, ambiente preservado, turismo valorizado. Ocorre que, desse jeito, não tem a mamata pros amigos de chapada, do manso, do araguaia, de plutão e de Lula. O bom mesmo é ser amigo do rei!
Um comentário:
Deu no Estadão de hoje que o Governo vai adiar medidas de controle sobre os repasses para Estados, Municípios e Ongs. Provavelmente a medida tem fins eleitoreiros, pois as verbas podem servir para financiar campanhas. Eu acho que vou fundar uma Ong para ver se peido polui muito o meio ambiente. A verba vem farta e não tem controle. Está vendo de onde vem o alto índice de aprovação ao Governo Lula?
Na Educação, que leva 25% dos orçamentos, o próprio ministro falou que o número de alunos em 2005 foi superestimado, mas nada aconteceu em represália ao repasse indevido de verbas. Se vocês observarem, em inúmeros municípios, os atuais Secretários da Educação vão sair como candidatos agora em 2008.
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