18 de jan. de 2008

As peripécias do senador Lobão

Não há vencidos na pífia guerrilha de intrigas miúdas pelo controle do Ministério de Minas e Energia. A rigor, também não há vencedores coroados com o troféu de uma das mais cobiçadas pastas do obeso ministério do presidente Lula.
A disputa nos bastidores foi impulsionada pela insaciável gula do PMDB por áreas com o penduricalho de cargos para a nomeação dos cupinchas de estimação. Nos dois planos das fofocas dos bastidores, desde as primeiras escaramuças ficou transparente a posição dos principais atores do distinto elenco. Para começar pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atado pela necessidade mais urgente do que nunca do apoio do PMDB, com as suas manhas e simulações depois do tranco da derrota no Senado com derrubada do imposto do cheque, a polêmica Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) - ao custo do corte de R$ 40 bilhões por ano nas verbas para as obras do Plano de Aceleração do Crescimento, tantas vezes adiadas, mas de urgência aflitiva no ano eleitoral.
Lula jogou com o molejo de cintura de quem dispõe de todas as armas para convencer os pidões. Curvou-se à escolha do novíssimo ministro, o senador maranhense Edison Lobão, apadrinhado pelo senador José Sarney, e com o explícito apoio do partido. Mas deu todas as demonstrações públicas, até os limites do constrangimento, de que cedia a uma imposição política com as cautelas das restrições na eventual mexida nas chefias de setores técnicos.

Leia a matéria de Villas-Bôas Corrêa no Jornal do Brasil online

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