Dirceu é acusado de corrupção ativa e formação de quadrilha. Foi ao banco dos réus, junto com outros 39 acusados, há cinco meses, por decisão do STF. Deveria ser ouvido no próprio Supremo. Mas o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, optou por delegar à Justiça Federal a tarefa de inquirir os réus. Foi a forma que encontrou para dar mais celeridade ao processo.
Apontado pelo procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza como chefe da “quadrilha” do mensalão, Dirceu é, entre todos os personagens da ação penal que corre no STF, o mais ilustre. Esta será a primeira vez que vai depor sobre o caso num foro judicial. Até aqui, só havia se defendido na Câmara.
Sempre negou envolvimento no mensalão. Não soou, por ora, convincente. Perdeu o mandato de deputado e agora tenta evitar uma condenação judicial. Estima-se que o veredicto será demorado. Não sai em menos de três ou quatro anos.
Os réus do mensalão estão sendo ouvidos por juízes de oito Estados e do Distrito Federal. A requisição das oitivas foi expedida pelo ministro Joaquim Barbosa em novembro de 2007. Ele dera 60 dias para o término da tarefa. O prazo expira no final do mês. Não será cumprido.
Pelo menos uma das inquirições vai extrapolar para o mês de fevereiro. Foi marcada para 1º de fevereiro, na comarca de Belo Horizonte, a oitiva de Marcos Valério, o empresário que ajudou o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares a fornir, com verbas de má origem, as arcas clandestinas do mensalão.
O depoimento de José Dirceu será conduzido pela mesma juíza que atuou nos processos que apuram as remessas ilegais de Paulo Maluf para contas no exterior. A magistrada Silvia Maria Rocha cuidou do caso Maluf até outubro do ano passado. Eleito deputado federal, Maluf passou a dispor de privilégio de foro. E os processos contra ele foram transferidos para o STF.
Afora o aspecto técnico, o depoimento de Dirceu chamará a atenção por uma razão estética. Será a primeira aparição pública do ex-mandachuva de Lula desde a cirurgia plástica a que ele se submeteu. Há dez dias, Dirceu passou cinco horas na mesa de cirurgia. Transplantaram-lhe 6.700 fios de cabelo da nuca para a região superior da cabeça. Logo, logo o país saberá se, além da cabeleira, Dirceu dispõe de novos argumentos de defesa
Por Josias de Souza
Sempre negou envolvimento no mensalão. Não soou, por ora, convincente. Perdeu o mandato de deputado e agora tenta evitar uma condenação judicial. Estima-se que o veredicto será demorado. Não sai em menos de três ou quatro anos.
Os réus do mensalão estão sendo ouvidos por juízes de oito Estados e do Distrito Federal. A requisição das oitivas foi expedida pelo ministro Joaquim Barbosa em novembro de 2007. Ele dera 60 dias para o término da tarefa. O prazo expira no final do mês. Não será cumprido.
Pelo menos uma das inquirições vai extrapolar para o mês de fevereiro. Foi marcada para 1º de fevereiro, na comarca de Belo Horizonte, a oitiva de Marcos Valério, o empresário que ajudou o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares a fornir, com verbas de má origem, as arcas clandestinas do mensalão.
O depoimento de José Dirceu será conduzido pela mesma juíza que atuou nos processos que apuram as remessas ilegais de Paulo Maluf para contas no exterior. A magistrada Silvia Maria Rocha cuidou do caso Maluf até outubro do ano passado. Eleito deputado federal, Maluf passou a dispor de privilégio de foro. E os processos contra ele foram transferidos para o STF.
Afora o aspecto técnico, o depoimento de Dirceu chamará a atenção por uma razão estética. Será a primeira aparição pública do ex-mandachuva de Lula desde a cirurgia plástica a que ele se submeteu. Há dez dias, Dirceu passou cinco horas na mesa de cirurgia. Transplantaram-lhe 6.700 fios de cabelo da nuca para a região superior da cabeça. Logo, logo o país saberá se, além da cabeleira, Dirceu dispõe de novos argumentos de defesa
Por Josias de Souza
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