Aconteceu esta semana o capítulo mais eletrizante dessa novela inconclusa da ida do senador Edison Lobão para o Ministério de Minas e Energia.Porque antes de viajar para a Guatemala e Cuba, domingo, o presidente Lula havia anunciado que no dia de seu retorno, quarta-feira, receberia Lobão no Palácio do Planalto, para convidá-lo oficialmente. Aceitara a indicação do PMDB liderado por José Sarney.
Prevista a audiência para as 18 horas, Lobão permaneceu em seu gabinete, no Senado, aguardando a convocação. Pouco antes foi informado de que o presidente, sem dormir na noite anterior, encontrava-se muito cansado e adiara o encontro para as nove horas da manhã de quinta-feira.
O que se passou em seguida permanece em cone de sombra. Lobão teria telefonado ao seu padrinho, queixando-se da óbvia desmoralização que seria o adiamento. José Sarney, por sua parte, movimentou-se. Ligou para o Palácio do Planalto e, pelo jeito, falou com o próprio Lula. Brasília já se encontrava tomada de rumores a respeito de estar o presidente voltando atrás na promessa de nomeação, tendo em vista farto material divulgado pela imprensa envolvendo em atividades empresariais pouco claras o filho e suplente de Lobão, Edinho.
Ignora-se o tom do diálogo, mas a verdade é que não demorou muito para o cansaço do presidente sair pela janela e para Lobão pai ser comunicado de que Lula o receberia às 19 horas. Era o tempo de pegar o carro e dirigir-se à sede do governo. Nem o ministro da Coordenação Política conseguiu ser avisado a tempo, chegando ao gabinete presidencial apenas para as despedidas.
Resultado: o senador Edison Lobão toma posse segunda-feira, num ministério diante do qual carece de intimidade. Fosse indicado para o Ministério da Justiça, que por sinal não está vago, ainda seria de se admitir. Ele presidiu por dois anos a Comissão de Constituição de Justiça do Senado. Cidades? Integração Nacional? Ainda se entenderia, ele que governou o Maranhão, pelo que parece, bem. Agora, Minas e Energia, feudo da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, de jeito nenhum.
Caso não sobrevenham inusitados, Lobão participará como ministro, quarta-feira, da primeira reunião ministerial do ano. Com certeza deixará de apresentar qualquer plano ou programa de ação. Sua missão nas Minas e Energia resume-se, por enquanto, em preencher com companheiros do PMDB as presidências e diretorias de estatais ligadas ao setor.
Propostos por quem? Ora, por quem realmente manda no governo, o ex-presidente José Sarney, de óbvios serviços prestados ao presidente Lula ao longo dos últimos anos. A pergunta que fica é simples na formulação, complicada na execução: como evitar o apagão energético tantas vezes desmentido mas assustando o País inteiro?
Ignora-se o tom do diálogo, mas a verdade é que não demorou muito para o cansaço do presidente sair pela janela e para Lobão pai ser comunicado de que Lula o receberia às 19 horas. Era o tempo de pegar o carro e dirigir-se à sede do governo. Nem o ministro da Coordenação Política conseguiu ser avisado a tempo, chegando ao gabinete presidencial apenas para as despedidas.
Resultado: o senador Edison Lobão toma posse segunda-feira, num ministério diante do qual carece de intimidade. Fosse indicado para o Ministério da Justiça, que por sinal não está vago, ainda seria de se admitir. Ele presidiu por dois anos a Comissão de Constituição de Justiça do Senado. Cidades? Integração Nacional? Ainda se entenderia, ele que governou o Maranhão, pelo que parece, bem. Agora, Minas e Energia, feudo da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, de jeito nenhum.
Caso não sobrevenham inusitados, Lobão participará como ministro, quarta-feira, da primeira reunião ministerial do ano. Com certeza deixará de apresentar qualquer plano ou programa de ação. Sua missão nas Minas e Energia resume-se, por enquanto, em preencher com companheiros do PMDB as presidências e diretorias de estatais ligadas ao setor.
Propostos por quem? Ora, por quem realmente manda no governo, o ex-presidente José Sarney, de óbvios serviços prestados ao presidente Lula ao longo dos últimos anos. A pergunta que fica é simples na formulação, complicada na execução: como evitar o apagão energético tantas vezes desmentido mas assustando o País inteiro?
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