Afinal, Serra havia sido bom ministro da Saúde, mesmo sendo economista e professor de profissão e não médico. O bom desempenho de alguém de fora da área numa Pasta, caso também do sanitarista Antonio Palocci na Fazenda, a cujo exemplo acaba de recorrer o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, contudo, não garante que qualquer leigo fará um bom trabalho num setor em que é jejuno. Jobim entrou disparando ordens para todas as direções numa tentativa de mostrar ser o oposto do antecessor, esquecendo que não basta decidir - é preciso decidir corretamente. Este não foi o caso, como demonstra o recuo das providências por ele anunciadas após a posse para os Aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e de Cumbica, em Guarulhos.
Seis meses atrás, Jobim vendeu ao público a ilusão de que os problemas do aeroporto mais movimentado do País, Congonhas, seriam resolvidos se este passasse a ser somente ponto de partida ou chegada, deixando de servir de escala para vôos entre outras cidades. O ministro anunciou, ainda, a construção da terceira pista de Cumbica. Agora, após ter tentado chegar ao retângulo pela soma do quadrado das hipotenusas, Sua Excelência redescobriu o círculo: liberou escalas e conexões em Congonhas e desistiu - por “inviabilidade técnica” - da pista a mais no campo de Guarulhos.
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