18 de jan. de 2008

A Situação do descolamento

Durante vários meses, a tese do descolamento foi a dominante no mercado financeiro. Todo mundo dizia que os países emergentes não seriam afetados pela crise americana e que países como China e Índia puxariam a economia o mundo.
Na coluna Panorama Econômico o economista Tom Trebat, da Universidade de Columbia, me disse que a tese não passa de um conto de fadas e que o mercado está sofrendo de excesso de otimismo, o chamado 'wishful thinking'. No Globo , o economista Michael Pettis, que é professor da Universidade de Pequim, diz que o impacto da crise está sendo subestimado e que a dependência dos EUA pode até ter aumentado, puxada pelas importações americanas, que subiram de 3,7% em 2001 para 4%, hoje.
O jornal americano The Wall Street Journal e o inglês Financial Times também publicaram reportagens hoje sobre o assunto. O WSJ diz que os emergentes já sentem um puxão da desaceleração, com a fuga de capitais no início deste ano. O que antes parecia um refúgio das crises de crédito e hipoteca nos Estados Unidos, agora se motra como incerteza. O FT diz que o crescimento dos emergentes pode ser medido pela demanda das commodities, e que o índice internacional está 33% abaixo de seu pico, e ainda sugerindo queda. Isso, certamente afetará o Brasil, que depende muito das exportações de petróleo, minério de ferro e produtos agrícolas.

Por Miram Leitão

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas para o desgoverno Lula, com seus desministros e declaraçoes a serem desditas na desimprensa comprada por eles, está tudo bem.