CENA DEPRIMENTE: Sorrateiramente, o jovem senador toma posse, sem a presença do pai, do seu padrinho José Sarney, sem nenhum político do Maranhão, sem festejos. Sutilmente como é próprio dos lobos, quando estão fazendo algo às escondidas, aboletou-se no senado:
Toinho de Paasira. Fonte: Agência Brasil, Portal do Senado
Muitos dos vícios e distorções do sistema político-eleitoral vigente no País têm, nos últimos tempos, recebido da classe política cabocla a avaliação, quase unânime, de que se trata de excrescências, de práticas públicas da pior qualidade, que precisam ter um fim. O sistema de suplência no Senado Federal, por exemplo, que permite que se tornem senadores da República pessoas sem qualquer qualificação eleitoral para tanto - e sem terem sido sufragados com um voto sequer -, é aberração condenada por todos, tanto que não se tem visto parlamentar algum, seja de que partido for, disposto a defender tão espúrio sistema, que violenta um dos princípios básicos da democracia representativa - o de que só o voto do eleitor elege. O problema é que - como se tornou rotineiro na vida pública nacional - a condenação explícita, pelos políticos, de aberrações do sistema político-eleitoral não significa que eles se dispõem a removê-las. Quase todas essas aberrações, afinal, só existem porque a maioria dos políticos nada faz para acabar com elas, quase sempre porque acredita que um dia possam lhe ser proveitosas.
No momento em que Edison Lobão Filho (DEM-MA), filho e primeiro suplente do novo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), assume o mandato paterno - e não apenas pelo tempo necessário para licenciar-se, para defender-se de graves acusações -, era inevitável que se reabrisse mais uma vez a discussão sobre a aberrante suplência senatorial, já objeto de sete projetos de emenda constitucional que tramitam no Senado para sua supressão. Edinho filho diz ser contra o sistema vigente, mas foi o 174º político a assumir o mandato de senador sem ter obtido um único voto. Esse sistema sucessório - que, como se vê, pode assumir características hereditárias - está bem de acordo com a deterioração ético-institucional daquela que deveria ser a mais importante Casa Legislativa da República, por ser constituída dos “mais velhos” (por sua própria etimologia), representantes das unidades federadas, mas, em vez disso, se tornou um grande escritório de negócios familiares e regionais, a serviço das oligarquias.
No momento em que Edison Lobão Filho (DEM-MA), filho e primeiro suplente do novo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), assume o mandato paterno - e não apenas pelo tempo necessário para licenciar-se, para defender-se de graves acusações -, era inevitável que se reabrisse mais uma vez a discussão sobre a aberrante suplência senatorial, já objeto de sete projetos de emenda constitucional que tramitam no Senado para sua supressão. Edinho filho diz ser contra o sistema vigente, mas foi o 174º político a assumir o mandato de senador sem ter obtido um único voto. Esse sistema sucessório - que, como se vê, pode assumir características hereditárias - está bem de acordo com a deterioração ético-institucional daquela que deveria ser a mais importante Casa Legislativa da República, por ser constituída dos “mais velhos” (por sua própria etimologia), representantes das unidades federadas, mas, em vez disso, se tornou um grande escritório de negócios familiares e regionais, a serviço das oligarquias.
Leia a matéria em O Estado de São Paulo
2 comentários:
Eu hein,os oligarcas da cleptocracia estão com vergonha da cerimônia de posse do Lobão?
Até tu Garibaldi remoçado!
Agora é aguardar e ver como o bruto se porta em seu poleiro no salão azul.
É, para disfarçar, eles devem demitir brevemente mais alguns ministros insignificantes. Assim, a mídia amestrada fica ocupada. E não fala também do gado que o Lobinho está criando na Amazônia.
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