14 de fev. de 2008

Ao Pé da Lei

Por Eduardo Mahon - advogado em MT e Brasília

Clamor - Sete meses na prisão. Criminoso perigoso? Traficante de Drogas e de Armas? Terrorista? Homicida? Não, trata-se de um catador de sucata, preso por furtar uma pinga de R$ 1,50. Um juiz fluminense negou o pedido de liberdade provisória, alegando que a liberdade poderia comprometer a ordem pública. Só no Brasil temos um pensamento deste naipe. Enquanto a audiência nacional sobe com ladrões de bicicletas, saidinhas de banco, toxicômanos e alcoólatras, concentrando a atenção da população no menos importante, manteremos a mentalidade judicial francamente contra o catador de sucata.

PT 1 -
No caso dos cartões corporativos, deu PT perda total. Como já dizíamos com constância redundante, nada pior que as pequenas mordomias de uma esquerda pequeno-burguesa. Não sei porque tanto escândalo, já que conhecíamos os hábitos alcoólicos, charutos e outras regalias noturnas do grupo e, com o mensalão, soubemos das festinhas privadas bem animadas, em Brasília. Não compreendo porque tanto alarde com as tapiocas e outras miudezas, já que as enormes negociatas de concessões de serviços públicos e licitações são mais que sabidas e, ainda assim, não penaliza a popularidade presidencial.

PT 2 - Mas esse é o custo de um país de analfabetos. Antigamente, havia o Mobral que ensinava a escrever - o nome. Hoje, temos a alfabetização solidária, pelas cartilhas petistas que acreditam que a culpa pela infestação raticida no governo é do queijo. As estratégias da interpretação dúbia estão chegando com força em Mato Grosso. Anistia ao desmatamento? Para um advogado criminal, é a salvação da lavoura, literalmente. Assim, fica muito mais fácil defender quem quer que seja. Nem são necessários maiores estudos doutrinários quando o poder público se conluia para acobertar o crime. Facilita muito o trabalho do causídico mas reduzem honorários, repassando-os para outras pessoas, infelizmente.

Autoridade
- Na OAB, o desembargador Orlando Perri disse estarmos vivendo uma crise de autoridade no Estado de Mato Grosso. Penso diferente justamente por termos uma única autoridade, é que o apadrinhado por ela não respeita as demais. É o risco da concentração desmedida de poder: o desprezo quanto às instituições que deveriam funcionar conjunta e harmoniosamente. Reprisamos enquanto os poderes continuarem com o pires na mão e o executivo dando as cartas quanto ao orçamento estadual, não haverá qualquer possibilidade de independência plena e respeito às demais autoridades que não seja a única grande provedora.

2 comentários:

Anônimo disse...

Com todo respeito ao desembargador Orlando Perri mas eu acho que o TJ não esta passando por crise de autoridade mas sim,crise financeira

Anônimo disse...

Esse caso do catador de sucata é emblemático.
Catador de sucata X Silvio Land Rover.
Catador de sucata X Waldomiro Diniz.
Catador de sucata X Dólar na cueca.
Catador de sucata X Toda quadrilha homiziada no PT
O catador está preso e já tomou muita porrada.
Enquanto isso o Juíz em Berlin, dorme sossegadamente o sono dos justos.
À vossa excelência eu apelo por aquela desgracência.
Solte o "Zoio" antes que o seu cegue.