7 de fev. de 2008

As pulgas enlouquecidas

As notícias sobre o uso –e o abuso— dos cartões de crédito do governo vão ganhando, aos pouquinhos, um ritmo de pulga enlouquecida. As informações saltam das páginas dos jornais como insetos do dorso de um cachorro sarnento. E vão se acomodar atrás da orelha do brasileiro em dia com os seus impostos.
Um dia depois de revelar que um segurança de Lurian, a folha de Lula, pendurara no cartão governamental R$ 55 mil em nove meses, a repórter Leila Suwwan informa agora o seguinte: outros dois da Presidência torraram com os cartões que você paga a bagatela de R$ 149,2 mil. Deu-se num período de três anos.
O par de seguranças está lotado em São Bernardo (SP), cidade onde Lula mantém um apartamento e onde moram os filhos do presidente e suas respectivas famílias. Lotados no GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da presidência da República, os tais agentes de segurança fizeram compras de natureza diversa. A lista é eclética.
Além de despesas com manutenção de veículos e materiais de construção, eles pagaram contas de churrascaria, magazines e lavanderia. Chegaram mesmo a construir e equipar uma academia de ginástica privativa. Há ainda nos extratos dos cartões dos seguranças despesas em supermercados, lojas de eletrônicos, foto, artesanato, roupas, informática e papelaria.
Ou levados à internet pela Controladoria-Geral da União. Com uma explicação assim, tão animadora, haja espaço na retaguarda da orelha do brasileiro pagador de tributos para acomodar tantas pulgas.

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