Nossa mais recente colaboradora, Fabiana Sanmartini, recebeu 7 cartas comentando seu artigo “Virou Bagunça” (P&P 29/6). Abaixo segue a resposta a alguns dos missivistas.
“Respondo em uma só carta às observações que me fazem três leitores:: “Anônimo”, Marcelo e Cristal.
Os conflitos no Complexo do Alemão, tiveram início no mês de abril, quando o local foi tomado pela polícia, tendo como móvel vingar-se de polícias que tinham sido mortos por bandidos que estavam lá homiziados. Tudo certo, a polícia tem que proteger os seus e mais ainda, os cidadão que com seus impostos lhes pagam o salário.
Vou somente me ater ao complexo do Alemão, tiroteios e mortes vem acontecendo no local desde mais ou menos dia 28 de abril, no seu rastro foram deixados 36 mortos e mais de uma centena de feridos, nestes estão misturados traficantes com cidadãos de bem. O cidadão de bem espera da polícia que está o protegendo e lhe garanta o sagrado direito de ir e vir. Passados 60 dias e tudo está como antes. Será que estou enganada?
Por outro lado se o que informo é o mesmo que outros órgãos da mídia também estão informando, não estou me valendo de clichês, mas da realidade. A prepotência do banditismo só existe por incompetência da polícia. Com essa afirmativa não me coloco contra a polícia, muito pelo contrário espero que ela possa me devolver a tranqüilidade que a cidade do Rio de Janeiro vem perdendo gradativamente há mais de duas décadas. Mas vive-se uma situação onde as pessoas são brigadas a colocar grades no prédios onde moram e ficar lá dentro prisioneiras de violência que corre solta do lado de fora, ou pagar segurança particular, milícias para que tomem conta de suas ruas. Essa é uma realidade triste mas incontestável e representa a falência de quem deveria dar segurança oficialmente.
Por outro lado jamais tive notícia que a seriedade da Ordem dos Advogados do Brasil (O.A.B) fosse posta em dúvidas. Não podemos usar como índice de seriedade das pessoas sua tendências políticas, caso contrário estaríamos usando os mesmo métodos que execramos nos “esquerdopatas” de plantão.
Essa última ação no Complexo do Alemão me deixou duas perguntas: por que a comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados (OAB) foi impedida pela direção do IML de acompanhar a autópsia dos corpos, quando tem esse direito? Por que o secretário de Segurança do estado não recebeu o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB?
Espero ter explicado minha posição junto aos três leitores. Antes de terminar gostaria de fazer uma ressalva ao Anônimo, tenho 39 anos e há muito tempo penso com minha cabeça, portanto as queixas sobre minhas idéias podem ser feitas diretamente a mim. E outra para Cristal, desculpe, meu nome é Fabiana e não Juliana.
Agradeço por me lerem, as críticas me são muito úteis pois mostram onde devo melhorar e sempre serão respondidas.
Meus cumprimentos
Fabiana”
4 comentários:
Voltando ao cerne da questão, sem desviar um milímetro o meu interesse enquanto cidadã, do objetivo maior que levou as nossa defesas a invadirem ao Complexo do Alemão.
Busco apenas entender.
Policial morto, organiza-se uma ação, sem cérebro, mas uma ação. Só para entender. Fui vítima de um assalto quando saia do meu trabalho, onde perdi minha história de vida, hoje estou com problemas até para me aposentar, roubara-me tudo,foram seis homens armados com metralhadoras, foram os minutos mais sofridos da minha vida, em consequência perdi empregos,pois sou professora e para ter um salário mais ou menos tenho que ter no mínimo 5 (cinco) empregos, bem voltando ao que me propus -entender- no percurso entre o local do assalto e a delegacia, abordei uma patrulha e os informei dmarileneo ocorrido, tive a surpresa de ouvir dos policiais que nada podiam fazer uma vez que eles não tinha como competir com o armamento dos assaltantes. Quero entender, quero mesmo. Como eu que lhes pago o salário não posso contar com eles (força policial) e para vingar um colega de farda, eles, que não têm como competir, transformam o Rio em um campo desordenado de batalha, onde não se usa a inteligência ( será que tem?)e leva o cidadão ao risco de vida? Seria essa a polícia que queremos? Será esse o comando público que foi eleito?
Quem somos nós nesta situação? Qual seria a importância do cidadão carioca?
Sra. Fabiana, eu entendo a sua posição e a sua fala. Não há defesa de bandidos ou de policiais, o que há é perplexidade nossa e desmando do poder público.
Mas o que vale é reagir, não é mesmo?
Abraços
Marilene
Agradeço Fabiana sua resposta ao meu comentário.
Fique tranqüila quanto a futuros comentários. Não os farei mais posto que foram tidos como "queixas".
Em assim sendo, sou forçado aconsiderar que o blog está passando por reformulações, passando a ser refratário a quaisquer comentários contrários a suas idéias.
Ma não deixarei de visitar o blog, pois não há como deixar de ler Giulio Sanmartini e Adriana Vandoni.
Atenciosamente
Fabiana!!!
Fiz dois coment�rios e vc ao inv�s de me responder,preferiu fazer uma gra�a por eu ter me enganado com seu nome.� l�gico que vc viu que foi um ato falho,mas preferiu o deboche.
Realmente n�o tenho mais paci�ncia para pessoas que n�o aceitam o
contradit�rio.
Como o An�nimo,n�o vou deixar de frequentar P&P p/q n�o d� para passar sem Giulio e Adriana.
Boa noite!
Boa noite!
Correção:dei um toque a mais e saiu 2 boa noite.
Com vc tem que ser td bem explicado senão vem mais deboche.
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