O bife brasileiro está proibido na União Européia, para alegria dos criadores de gado irlandeses e de outros defensores do protecionismo. Não podem competir com a pecuária do Brasil, mas podem ser protegidos por barreiras comerciais. Se tiverem um mínimo de polidez, não deixarão de agradecer às autoridades brasileiras pela ajuda prestada. O governo federal tem dado e continua a dar, por seu desleixo, uma preciosa colaboração a todos os concorrentes interessados em deter o avanço da pecuária brasileira nos mercados estrangeiros. No ano passado, essas vendas proporcionaram US$ 1 bilhão de receita comercial. Esse dinheiro tem sido ganho graças ao trabalho de produtores modernos e competentes, mas não se deve esperar dos concorrentes estrangeiros o reconhecimento desse fato.
A suspensão das importações foi anunciada oficialmente na quarta-feira pelo comissário de Saúde da União Européia, Markos Kyprianou. Foi a conseqüência previsível da combinação de dois fatores, a crescente pressão protecionista de produtores europeus, cada vez mais barulhentos em sua campanha contra a carne brasileira, e a persistente negligência das autoridades de Brasília.
Leia a matéria em O Estado de São Paulo
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