1 de fev. de 2008

E a manutenção das estradas?

Restaurantes e lanchonetes que ficam às margens das estradas federais vão ter que fixar, a partir de amanhã, em local visível, aviso sobre a proibição da venda de bebidas alcoólicas.
O aviso deverá conter ainda informação sobre a penalidade para quem não cumprir a lei e o número da Polícia Rodoviária Federal para o encaminhamento de denúncias. Além disso, deverá ser fixado em locais de grande circulação de pessoas e com letras de, pelo menos, 1 centímetro de altura. O comerciante que não cumprir a regra pagará multa de R$ 300.
Quem for flagrado vendendo bebida nas estradas federais pagará multa de R$ 1,5 mil. No caso de reincidência, pagará o dobro e ainda terá o acesso do estabelecimento à rodovia suspenso por dois anos. O comerciante notificado por irregularidade terá prazo de 10 dias para pagar a multa e o mesmo prazo para apresentar recurso contra a medida.
Vale fazer uma observação. Tudo bem talvez até essa proibição possa reduzir o assustador número de acidentes nas estradas brasileiras, mas pelo que tenho lido nos jornais, o responsável maior por esses acidente é o estado de conservação das estradas, então pergunto: O Governo fará sua parte para reduzir os acidentes?
Me parece que a demagógica operação tapa buracos foi uma farsa politiqueira da presidência da República, às vésperas de eleições e que seus resultados tenham sido um fracasso geral.
E aí, como é que fica? (G.S.)

2 comentários:

Anônimo disse...

Concordo... desde que um aviso desse seja colocado na granja do Torto. O nosso grande pinguço anda meio torto que já nem buraco tapa direito.

Anônimo disse...

Deveríamos ficar impressionados,indignados, revoltados, mas... aceitamos como gado a ação do Estado. Cada vez mais ele penetra em nossas vidas com câmera e microfone para nos vigiar. E cobra muito, muito caro por isso. Estamos nos transformando numa curiosa nação de viciados, dependentes das decisões do Estado que tendem a se multiplicar em função da demanda crescente por leis, por normas, decretos e, consequentemente, por receitas para cobrir as crescentes despesas decorrentes. Um gigante insaciável.
O que tem a ver o artigo com o comentário?
Quem já teve oportunidade de viajar pelas estradas européias ou americanas, conhece bem a diferença daquilo que os governos nos oferecem como rodovias. Por não investir e se adaptar às exigências da evolução tecnológica, nossas estradas são perfeitas representações da metade do século passado quando o tal leito carroçável tinha esse nome em razão das carroças que o usavam. O que temos para os nossos carros onde a tecnologia nos permite velocidades de até 180 km/h? Restrições pelas curvas que permitiam, há muitos anos, velocidades máximas de 40 km/h. Nada foi feito para se adaptar às necessidades de veículos mais pesados - os caminhões estão a destruir as pistas, pois elas ainda se prestam àqueles veículos que, se muito, transportavam 15 toneladas. Hoje, isso é uma brincadeira. O resultado todos conhecemos, a chuva e o uso de peso acima da capacidade das rodovias as transformam em verdadeiros obstáculos à passagem de qualquer veículo, mesmo se forem carroças. E o que os governos federais, estaduais e municipais nos nos dizem? A morte nas estradas é de inteira responsabilidade dos usuários. Pasmem, eles não obedecem as sinalizações. Que sinalizações - quando existem - são essas? Velocidades que variam de 40, 50, 60 e, na maioria das vezes 80km/h.
Somos todos um bando de cretinos. É o Estado que esta nos afirmando isso em meio às campanhas inócuas. Seria mais inteligente voltarmos no tempo e produzirmos veículos adaptados às estradas que temos. Motores de baixa potência, caminhões que transportam no máximo 15 toneladas e pardais, policiais rodoviários, obstáculos e bafômetros para que a arrecadação das multas não caia. E, curiosamente, o povão está se acostumando a pedir mais e mais a presença do Estado. Em tudo e para todos. Formaremos, com o tempo, a nação dos irresponsáveis individuais. Os crimes serão todos coletivos. E lá estará a presencá do Grande Pai para nos dizer o que é certo e o que é errado.
E viva o Brasil!

Léo