É uma bela sacada. Na terra dos monumentais incêndios florestais, nada melhor do que encobrir as coisas com uma cortina de fumaça. Todo mundo vê tudo turvo, se chegar perto de mais se intoxica, e nada acaba sendo resolvido. O mais bacana dessa tecnologia patenteada pelo(s) desgoverno(s) que cuidam (?) do fazendão é que uma cortina de fumaça sucede a outra quase que imperceptivelmente, deixando a todos extasiados, como o povo do interior costumava ficar quando olhava as fontes luminosas, e via a água trocando de cor.
Para não irmos muito longe no tempo, surgiu a possibilidade de se investigar os trampos olímpicos perpetrados pelas chamadas “organizações não-governamentais” que se instalaram no Brasil – que, aliás, deve ser o único lugar do mundo onde esse tipo de organização, com esse nome, leva dinheiro do governo. Bom, mas deixando-se de lado esse mero detalhe técnico, o que se imagina é que a onda seria muito forte. Afinal, entre outras coisas, há relatos de trechos de estrada no extremo Norte do fazendão que são controlados por ONGs e que não permitem a passagem de… brasileiros. A dinheirama de caixa 3 é, supostamente, imensa. Futucar tudo isso é muito complicado.
Apesar de decisivo para o futuro do lugar, em sua transformação de fazendão para país, o assunto foi considerado muito árido, sem apelo popular. Muito melhor eram os segredos de alcova de Mônica com seu Renan que não era mais seu, e logo em seguida as revelações de sua bela forma de quarentona, onde se podia ver até as brotoejas de sua delicada pele. Mais de um semestre foi dedicado ao tema, e as ONGs continuaram fornicando o povo brasileiro sem camisinha, livres, leves, soltas.
O caso Mônica-Renan chegou ao fim, e o problema das ONGs quis ressurgir. Peraí mais um pouco. Sai mais barato e saboroso levantar outra cortina, a dos milhões de reais gastos com cartões corporativos em churrascarias, mesas de sinuca, esteiras ergométricas, botox, etc. Apesar de pequena, essa é sofisticada: tem, inclusive, inspiração shakespeareana, pois seu pano de fundo é o “Much Ado About Nothing”. Enquanto isso, vai-se buscando uma solução melhor para o rolo dos mais de 32 bilhões de reais que anda flutuando por aí, antes que ele venha a explodir de vez, se é que um dia chegará a esse ponto.
Ih… mas a opinião pública está se inquietando mais do que o esperado com essa estória dos cartões corporativos. Afinal, é dinheiro de imposto, cobrado diretamente de cada bolso, e isso dói, e é uma dor que custa a passar. Ah!... então arranja-se um roubo de laptop com informações “importantíssimas” a respeito de ciclópicas descobertas de petróleo na costa brasileira, e junta-se a isso os ingredientes de espionagem industrial, os mistérios do alto mar, o futuro do fazendão como potência energética emergente, os insondáveis interesses estrangeiros que rondam esse paraíso tropical de dia e de noite… e pronto.
Essa última cortina ficou tão bacana e densa que dá até para encobrir eventuais imbecilidades, como o esquema da carne exportada para a União Européia, o cano dado pelo pequeno marido da Adã, na questão do gás natural boliviano…
E la nave và. Felice, molto felice.
Por: Cláudio Lessa em Direto da Redação.
Apesar de decisivo para o futuro do lugar, em sua transformação de fazendão para país, o assunto foi considerado muito árido, sem apelo popular. Muito melhor eram os segredos de alcova de Mônica com seu Renan que não era mais seu, e logo em seguida as revelações de sua bela forma de quarentona, onde se podia ver até as brotoejas de sua delicada pele. Mais de um semestre foi dedicado ao tema, e as ONGs continuaram fornicando o povo brasileiro sem camisinha, livres, leves, soltas.
O caso Mônica-Renan chegou ao fim, e o problema das ONGs quis ressurgir. Peraí mais um pouco. Sai mais barato e saboroso levantar outra cortina, a dos milhões de reais gastos com cartões corporativos em churrascarias, mesas de sinuca, esteiras ergométricas, botox, etc. Apesar de pequena, essa é sofisticada: tem, inclusive, inspiração shakespeareana, pois seu pano de fundo é o “Much Ado About Nothing”. Enquanto isso, vai-se buscando uma solução melhor para o rolo dos mais de 32 bilhões de reais que anda flutuando por aí, antes que ele venha a explodir de vez, se é que um dia chegará a esse ponto.
Ih… mas a opinião pública está se inquietando mais do que o esperado com essa estória dos cartões corporativos. Afinal, é dinheiro de imposto, cobrado diretamente de cada bolso, e isso dói, e é uma dor que custa a passar. Ah!... então arranja-se um roubo de laptop com informações “importantíssimas” a respeito de ciclópicas descobertas de petróleo na costa brasileira, e junta-se a isso os ingredientes de espionagem industrial, os mistérios do alto mar, o futuro do fazendão como potência energética emergente, os insondáveis interesses estrangeiros que rondam esse paraíso tropical de dia e de noite… e pronto.
Essa última cortina ficou tão bacana e densa que dá até para encobrir eventuais imbecilidades, como o esquema da carne exportada para a União Européia, o cano dado pelo pequeno marido da Adã, na questão do gás natural boliviano…
E la nave và. Felice, molto felice.
Por: Cláudio Lessa em Direto da Redação.
2 comentários:
Prezado Giulio.
Eu, na minha ingenuidade e ignorância, pensava que a criação do lap top, note book, fosse para facilitar levá-los a tira-colo, isto é, como objetos pessoais, já que os desk tops não colaboram para esse tipo de transporte.
Fico sabendo agora que os tais que sumiram e que pertencem à Petrobrás, são transportados em containers.
Estou confuso. Será que mais uma vez me enganei?
Eles foram transportados em conteiners, pq eram muito pesados para se carregar a tira-colo, são da geração passada, de válvulas.
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