A dengue hemorrágica provocou a morte de 158 brasileiros em 2007, número que supera o recorde anterior, de 2002, quando a doença fez 150 vítimas no País. O último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde registra 559.954 casos de dengue no ano passado, sendo 1.541 de dengue hemorrágica.Desses, 86% se concentraram no Ceará, Rio, Maranhão, Rio Grande do Norte, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Piauí, Pernambuco, Goiás, Alagoas e Paraíba, Estados onde ocorreram 64% das mortes. Em São Paulo, houve o maior número de casos (82.912), enquanto o Rio liderou o ranking dos casos fatais (29). A cidade de Campo Grande apresentou o maior número de notificações de pessoas infectadas em 2007 - 45.515 casos.
A explosão de casos de dengue, no ano passado, não é efeito de nenhum fenômeno raro da natureza nem da ocorrência de chuvas e calor em excesso. Decorre, principalmente, do não-cumprimento pelos governos da obrigação de mobilizar a população para o combate ao mosquito transmissor.
Campo Grande, por exemplo, não se tornou recordista em número de casos apenas porque no verão de 2007 choveu 30% a mais do que é norma na região. Há anos, os números revelavam falhas no combate ao mosquito. Em 2001, a cidade apresentou 8 mil casos de dengue e, em 2002, foram 12 mil. Nos anos seguintes, ações mais efetivas reduziram os números: em 2003, houve 3 mil casos; em 2004, 800 e igual número de ocorrências em 2005. No ano seguinte, porém, a cidade registrou 5 mil casos e, no ano passado, quase 10 vezes mais.
A negligência no combate à dengue em Campo Grande e na maior parte do País está registrada no relatório da auditoria realizada no ano passado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou graves falhas de execução nas ações do Programa Nacional de Combate à Dengue. O TCU constatou a precariedade dos serviços de eliminação de mosquitos, além de deficiências na seleção e treinamento da força de trabalho que, quase sempre, atua em número abaixo do necessário. A pulverização com inseticida é malfeita e os agentes e supervisores não cuidam da manutenção dos equipamentos utilizados para tal fim. Nas visitas domiciliares, freqüentemente não é feita a identificação de criadouros nem é dada orientação aos moradores sobre como combater os vetores da doença.
Lei a matéria em O Estado de São Paulo
Campo Grande, por exemplo, não se tornou recordista em número de casos apenas porque no verão de 2007 choveu 30% a mais do que é norma na região. Há anos, os números revelavam falhas no combate ao mosquito. Em 2001, a cidade apresentou 8 mil casos de dengue e, em 2002, foram 12 mil. Nos anos seguintes, ações mais efetivas reduziram os números: em 2003, houve 3 mil casos; em 2004, 800 e igual número de ocorrências em 2005. No ano seguinte, porém, a cidade registrou 5 mil casos e, no ano passado, quase 10 vezes mais.
A negligência no combate à dengue em Campo Grande e na maior parte do País está registrada no relatório da auditoria realizada no ano passado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou graves falhas de execução nas ações do Programa Nacional de Combate à Dengue. O TCU constatou a precariedade dos serviços de eliminação de mosquitos, além de deficiências na seleção e treinamento da força de trabalho que, quase sempre, atua em número abaixo do necessário. A pulverização com inseticida é malfeita e os agentes e supervisores não cuidam da manutenção dos equipamentos utilizados para tal fim. Nas visitas domiciliares, freqüentemente não é feita a identificação de criadouros nem é dada orientação aos moradores sobre como combater os vetores da doença.
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