Trascrevo abaixo, a carta do Juiz Federal Roberto Schuman, que esta no O Dia on line de hoje.
O que viveu o Juiz e também cidadão é o que vive a população com uma freqüência, talvez desconhecida pelo magistrado. Falta respeito, preparo, equilíbrio. Todos viramos suspeitos em potencial. O cidadão continua pagando pela ação dos verdadeiros marginais que, muitas vezes são acobertados pelos mesmos que nos deveriam estar garantindo a nossa segurança. Faltam policiais honestos nas ruas e a estes faltam prepara, respaldo e armamento.
Os poucos que temos nas ruas ainda são retirados e colocados sabe onde. Para o cidadão, já calejado, fica a certeza de que não temos á quem recorrer, que falar alto e gritar por justiça pode mesmo acabar, no melhor dos casos em prisão arbitrária com justificativas inventadas num percurso até ao Departamento de Polícia mais próximo, ou pior sequer chegar vivo até lá! A cusa da morte...Mal súbito!
O Juiz, a Polícia e o Malandro.
Segunda-feira de carnaval, saio de casa perto das 22:00 horas para encontrar a namorada na porta do Circo Voador, na Lapa. Lá chegando, saio do táxi falando ao celular para encontrá-la. Mas não é só. Além de tênis, bermuda e camisa, usava um chapéu, desses vendidos em todos os cantos da cidade a R$ 5,00. Presente da namorada. Coisa de mulher.
Então, atravesso a rua e quase sou atropelado por um camburão com luzes e lanternas apagadas com a inscrição CORE no carro. No mesmo momento o motorista grita " Ô malandro" e eu, assustado, dou um pulo para a calçada, peço desculpas e viro as costas, continuando ao celular e andando, já na calçada.
Ai, percebo que a viatura andava ao meu lado, com três policiais de preto, ao que escuto, em alto e bom som: "Saia da rua, seu malandro e bêbado". Nesse momento, pensei: Isto não é jeito de tratar as pessoas na rua e respondi: "Não sou bêbado nem malandro; se vocês não estiverem em operação, está errado andarem com essa viatura preta e apagada, pois quase me atropelaram e vão acabar atropelando alguém!"
Segunda-feira de carnaval, saio de casa perto das 22:00 horas para encontrar a namorada na porta do Circo Voador, na Lapa. Lá chegando, saio do táxi falando ao celular para encontrá-la. Mas não é só. Além de tênis, bermuda e camisa, usava um chapéu, desses vendidos em todos os cantos da cidade a R$ 5,00. Presente da namorada. Coisa de mulher.
Então, atravesso a rua e quase sou atropelado por um camburão com luzes e lanternas apagadas com a inscrição CORE no carro. No mesmo momento o motorista grita " Ô malandro" e eu, assustado, dou um pulo para a calçada, peço desculpas e viro as costas, continuando ao celular e andando, já na calçada.
Ai, percebo que a viatura andava ao meu lado, com três policiais de preto, ao que escuto, em alto e bom som: "Saia da rua, seu malandro e bêbado". Nesse momento, pensei: Isto não é jeito de tratar as pessoas na rua e respondi: "Não sou bêbado nem malandro; se vocês não estiverem em operação, está errado andarem com essa viatura preta e apagada, pois quase me atropelaram e vão acabar atropelando alguém!"
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