Li artigo do deputado estadual Rui Falcão (PT-SP) no blog do Noblat cevado de ataques gratuitos. Logo no primeiro parágrafo o nobre parlamentar paulista escreve:
“Tomados pelo macarthismo das miudezas, os meios de comunicação em geral deixaram passar em branco o significado simbólico transcendente — na ótica da afirmação da soberania, da defesa do interesse nacional e do fortalecimento da presença internacional do Brasil —, da visita do presidente Lula à base brasileira da Antártica, por ocasião da comemoração dos 25 anos de sua instalação e do Ano Polar Internacional. A desatenção não é fortuita.”
Pelo visto o nobre parlamentar não leu os jornais ou assistiu aos telejornais que se ocuparam da visita. Todos os jornalistas que cobrem o dia-a-dia do Planalto estavam lá, se desdobraram e fizeram o que deviam.
O nobre parlamentar demonstra indignação com um acessório da cobertura, a presença de Fábio Luiz, filho do presidente, que para ele, ao contrário do que diz José Dirceu, é chamado carinhosamente de Lulinha.
Em sua fúria míope escreve que “mais interessante pareceu à grande mídia, em geral, refestelar-se na bisbilhotice, ao espreitar os passos do Lulinha, que integrava a comitiva de visitantes brasileiros a convite do presidente, a ver se o filho pagaria ou não do próprio bolso as despesas de hotel”.
E aproveita para disparar debochadamente contra a oposição, escrevendo que o “tema poderia render quem sabe uma nova CPI nestes dias em que congressistas da oposição, desocupados de seus afazeres maiores, empenham a plenitude de suas forças e todo o seu tempo na cretinização do debate nacional”.
Rui Falcão é que aproveita a visita para escrever estultices como “a visita a Antártica, não se comentou nada além das contas de Lulinha — e o público brasileiro teria sido privado totalmente do significado da viagem do presidente não fosse a imprensa estrangeira a socorrê-lo, com informações de grande interesse nacional”.
Nada mais piegas do que dizer que o público brasileiro foi socorrido pela imprensa estrangeira, como se o povo brasileiro se dedicasse a leitura de jornais estrangeiros.
Mais piegas, ainda, é não olhar para o rabo e falar de “denuncismo irresponsável”, como se em 23 anos o PT tivesse se comportado como uma freirinha na clausura.
Num surto messiânico o deputado escreve:
-... depois de o presidente ter vencido São Pedro na queda-de-braços (grifado como ele escreveu) e ter feito chover chuvas torrenciais.
Em outro trecho o nobre parlamentar introduz a tese do roto e do esfarrapado para justificar a utilização indevida dos cartões institucionais ao escrever:
-... o que vale mais: uma tapioca de ministro ou uma dose de cachaça (na cidade de Assis-SP) de um funcionário do governador José Serra?
Depois de muitos devaneios, o parlamentar volta à vaca fria e socorrido pela imprensa estrangeira escreve sobre a importância da viagem de Lula a Antártica.
A justificativa do parlamentar paulista para a viagem de Lula é a possibilidade de prospecção de petróleo em águas profundas do oceano Atlântico por outros países, no que a Marinha denomina como “Amazônia Azul”.
O nobre parlamentar levanta uma questão importante em relação ao futuro, mas não dedicou uma linha ao presente da exploração das águas marinhas brasileiras por milhares de pesqueiros estrangeiros, que diariamente pescam clandestinamente em águas brasileiras sob as vistas complacentes de nossos governantes há muitos anos.
Ao invés de atacar a imprensa, bem que o parlamentar poderia ter dedicado algumas linhas do artigo ao tema da pesca clandestina na costa brasileira.
O nobre parlamentar demonstra indignação com um acessório da cobertura, a presença de Fábio Luiz, filho do presidente, que para ele, ao contrário do que diz José Dirceu, é chamado carinhosamente de Lulinha.
Em sua fúria míope escreve que “mais interessante pareceu à grande mídia, em geral, refestelar-se na bisbilhotice, ao espreitar os passos do Lulinha, que integrava a comitiva de visitantes brasileiros a convite do presidente, a ver se o filho pagaria ou não do próprio bolso as despesas de hotel”.
E aproveita para disparar debochadamente contra a oposição, escrevendo que o “tema poderia render quem sabe uma nova CPI nestes dias em que congressistas da oposição, desocupados de seus afazeres maiores, empenham a plenitude de suas forças e todo o seu tempo na cretinização do debate nacional”.
Rui Falcão é que aproveita a visita para escrever estultices como “a visita a Antártica, não se comentou nada além das contas de Lulinha — e o público brasileiro teria sido privado totalmente do significado da viagem do presidente não fosse a imprensa estrangeira a socorrê-lo, com informações de grande interesse nacional”.
Nada mais piegas do que dizer que o público brasileiro foi socorrido pela imprensa estrangeira, como se o povo brasileiro se dedicasse a leitura de jornais estrangeiros.
Mais piegas, ainda, é não olhar para o rabo e falar de “denuncismo irresponsável”, como se em 23 anos o PT tivesse se comportado como uma freirinha na clausura.
Num surto messiânico o deputado escreve:
-... depois de o presidente ter vencido São Pedro na queda-de-braços (grifado como ele escreveu) e ter feito chover chuvas torrenciais.
Em outro trecho o nobre parlamentar introduz a tese do roto e do esfarrapado para justificar a utilização indevida dos cartões institucionais ao escrever:
-... o que vale mais: uma tapioca de ministro ou uma dose de cachaça (na cidade de Assis-SP) de um funcionário do governador José Serra?
Depois de muitos devaneios, o parlamentar volta à vaca fria e socorrido pela imprensa estrangeira escreve sobre a importância da viagem de Lula a Antártica.
A justificativa do parlamentar paulista para a viagem de Lula é a possibilidade de prospecção de petróleo em águas profundas do oceano Atlântico por outros países, no que a Marinha denomina como “Amazônia Azul”.
O nobre parlamentar levanta uma questão importante em relação ao futuro, mas não dedicou uma linha ao presente da exploração das águas marinhas brasileiras por milhares de pesqueiros estrangeiros, que diariamente pescam clandestinamente em águas brasileiras sob as vistas complacentes de nossos governantes há muitos anos.
Ao invés de atacar a imprensa, bem que o parlamentar poderia ter dedicado algumas linhas do artigo ao tema da pesca clandestina na costa brasileira.
Um comentário:
Alô, Adriana.
Que ofício duro o seu! Olhe, ter que ler tanta abobrinha para fornir o blog...
'Significado simbólico transcendente' é uma declaração hiperbólica que somente poderia sair de uma cabeça lavada pelo glorioso partido.
Que pena que ele é do meu Estado.
Só falam merda!
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