José Dirceu, sempre presente em todas as falcatruas do governo

A estratégia do governo na definição sobre a inevitável CPI dos cartões corporativos é o tema principal da reunião da Coordenação Política hoje, no Palácio do Planalto, que marca o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de suas férias no Guarujá (SP). Na última sexta-feira, a Secretaria de Comunicação Social do Planalto enviou a todos os ministérios um questionário sobre o uso dos cartões de pagamento do governo por seus funcionários.
É sobre os dados coletados por esse levantamento que o governo vai se debruçar para desenhar a forma com que o assunto será tratado pelo Planalto e por sua base no Congresso, durante o período que antecede a instalação da CPI, considerada inevitável pelo governo.

Além do detalhamento sobre os gastos nos ministérios, o presidente Lula preocupa-se com a aproximação da crise dos cartões do Palácio do Planalto. O Tribunal de Contas da União está investigando a possibilidade do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu ter usado notas frias para justificar despesas de R$ 4.362,21 pelo aluguel de dois veículos executivos com motorista, sendo um blindado, entre 16 e 18 de abril de 2004 em São Paulo.
Endereço falso
Segundo reportagem da revista Época, a empresa contratada para servir Dirceu não existe no endereço fornecido na nota fiscal. Os saques realizados por funcionários do Planalto para cobrir necessidades pessoais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama Marisa Letícia também ganharam o noticiário no fim de semana. As retiradas, que somaram R$ 5,8 milhões entre 1º de janeiro de 2003 e 31 de janeiro de 2008, foram citadas na revista IstoÉ.

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