23 de fev. de 2008

É "Mintchura"

Em sua última besteira o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (pobre Brasil), declarou como tivesse refeito o país: “Temos que começar a nos endividar”, mas tem que ser mostrados alguns detalhes que voluntariamente foram esquecidos. (G.S.)
Mas a transformação do Brasil de devedor em credor internacional mostra muito mais a mudança de mentalidade por que passou o presidente Lula. Primeiro como líder sindical, depois como líder de um partido de oposição, Lula fez comícios nos quais afirmava que o pagamento da dívida externa estava levando os brasileiros à miséria. Na Constituinte, a bancada da qual fazia parte demonizou o FMI, pregou o calote, pediu a instituição de uma auditoria para verificar a lisura da dívida e, por fim, requereu a convocação de um plebiscito para que os brasileiros decidissem se a dívida deveria ou não ser paga.
Antes de ser eleito, em 2002, mudou de opinião. Em 2005, o governo liquidou, dois anos antes do vencimento, os empréstimos tomados no FMI. Não se pode esquecer que esta situação é fruto do trabalho de Fernando Henrique Cardoso e seus ministro da Fazenda Pedro Malam, do qual Lula e sua camarilha, na época eram ferrenhos opositores.
Mas falta resolver o problema da dívida pública interna. Ela atinge hoje a astronômica quantia de R$ 1,204 trilhão, com um custo de rolagem de cerca de 12%. É esse o ponto fraco das finanças públicas. Mesmo com o superávit primário, que este ano deverá ser de cerca de 3,55% do PIB, não se consegue reduzir satisfatoriamente o montante da dívida nem melhorar o perfil dos vencimentos.
A dívida interna está consumindo recursos de que o País carece para investimentos em infra-estrutura. E o fato de o Brasil ser credor internacional significa que está exportando poupança - uma poupança que não basta para suprir as necessidades internas.

Leia a matéria em O Estado de São Paulo online

3 comentários:

ma gu disse...

Alô, Giulio.

Pois é. Atingir esse patamar já foi difícil. E a dívida interna está praticamente impagável (nos dois sentidos).
O que é realmente extraordinário é que o sapo consegue sempre dizer uma abobrinha maior que a outra. Essa declaração lá na Argentina já deixou de ser abobrinha. É uma verdadeira abóbora. Se um presidente afirma que é preciso se endividar mais, o que um investidor externo pode pensar? Você não acha que ele marcou outro gol contra?

Anônimo disse...

Fico imaginando como caracterizar este presidente: camaleão, está sempre mudando de cor; vento, vai indo por aí ou poeira, vai para onde o levarem. Na verdade, ele é mesmo uma Maria vai com as outras, principalmente quando tira suas vantagens políticas.

Anônimo disse...

Dona Lindu, com todo respeito, por que a senhora não abortou isso aí?
Agora temos que pagar, e caro!
Mas Freud(não o aloprado), talvez explique a natureza desta figura tão controversa. Não sou psicanalista, mas acho que ele bateu muito na senhora, por causa de mistura!