17 de fev. de 2008

No governo prevalece a incompetência

Recém-eleito para a liderança do PSDB na Câmara, o deputado José Aníbal (SP) faz promessas: “Temos que fiscalizar duro o governo, que é licencioso, gasta mal e é incapaz de enfrentar os grandes desafios do Brasil.” Ele prega que o Congresso precisa recuperar sua capacidade de legislar, sufocada pela enxurrada de medidas provisórias que o governo Lula despeja sobre ele continuamente. Mas, apesar da intenção bélica, Aníbal marcou para esta semana um jantar com a ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil.
A par das rememorações juvenis dos anos de chumbo, ele quer ouvir de Dilma e do ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação da Presidência, - seus parceiros da luta armada contra o regime militar - se o governo Lula estaria disposto a moderar a remessa de MPs, deixando espaço para o Congresso legislar. A resposta pode até ser negativa, mas a abordagem não será difícil. Aníbal foi colega de Dilma na Faculdade de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e na Polop, organização armada de esquerda. Eles se conheceram em 1966 e continuam amigos; o tucano enche a boca para elogiar a petista.
Mesmo assim, Aníbal - que foi fundador do PT paulista - bate inclemente no governo Lula e cumula de elogios o governador José Serra (PSDB), que não o apoiou na disputa pela liderança da bancada. Crítico, insinua que o governo Lula padece de incapacidade gerencial: “Só colhe o que nós plantamos”, ataca. Mas ele admite alianças eventuais e localizadas com o PT nas eleições municipais - como em Belo Horizonte e em Imperatriz (MA) -, embora defenda encarniçadamente a candidatura própria à Prefeitura de São Paulo.

Leia a matéria de Carlos Marchi em O Estado de São Paulo

Um comentário:

Anônimo disse...

E para conversar precisa ser na janta que nós pagamos?
E se fossem jantar com o dinheiro deles, não teria conversa?
Brasília está cheia de "Pega Janta".
O brasileiro devia de tomar vergonha e parar de ser o "Paga Janta".
E como não existe almoço grátis os esfoladores arrancam de nossas costas a janta deles