Não a um possível acordo de cavalheiros

Vá lá, existe sim diferença entre o cartão de débito e o cartão de crédito. Enquanto no primeiro, usado por diversos governos, como o de São Paulo, o dinheiro deverá já estar disponibilizado na conta específica para as despesas daquele órgão, no cartão de crédito - o famoso cartão corporativo -, utilizado pelo governo federal, o limite fica a cargo do portador do cartão, e a viúva, nós no caso, que se vire para pagar o cartão sem limite.
O governo de São Paulo também argumenta que cada cartão tem a sua finalidade específica, não podendo ser utilizado para compras em freeshops os que são utilizados, por exemplo, para alimentação de policiais.

O debate é importante, e o governo de São Paulo também deve explicações sobre onde e como foram utilizados os recursos previamente liberados para seus cartões. Embora o uso desses cartões seja uma mixaria perto do que os governos gastam de forma pouco transparente, é um passo a mais que é dado para que a sociedade tenha controle sobre os gastos públicos.

O que a sociedade não pode permitir agora é que acusações de ambos os lados se transforme em um “acordo de cavalheiros” e tudo volte a ter a nebulosidade de antes.