10 de fev. de 2008

O Brasil transformaou-se num covil

Despesas com o cartão corporativo do governo federal mostram que nem os órgãos responsáveis pelas regras de uso desse instrumento cumprem o estipulado. Gastos acima do limite de R$ 800 por despesa são comuns nos ministérios da Fazenda e do Planejamento. O assessor do ministro da Fazenda Guido Mantega (foto), Marcelo Fiche, por exemplo, gastou R$ 1.474,84 no hotel cinco estrelas Sofitel, em Copacabana, em agosto de 2007.
Em dezembro, o IBGE fez compras no valor de R$ 5.517,57 em farmácia na Praça da Bandeira.
Gastos com cartão corporativo, que levaram à queda da ex-ministra da Igualdade Racial Matilde Ribeiro, estão sendo investigados pela Controladoria-Geral da União (CGU) e sofrerão devassa do Tribunal de Contas da União (TCU). Despesas indevidas fizeram com que o ministro do Esporte, Orlando Silva, devolvesse R$ 30 mil aos cofres públicos.
O assessor de Mantega pagou despesa no Sofitel em 27 de agosto passado, uma segunda-feira. O ministro cumpriu agenda no Rio na sexta anterior e não teve compromisso oficial no fim de semana. No dia útil seguinte, deveria estar em Brasília. Procurada por O DIA, a assessoria do Ministério da Fazenda não localizou Fiche.

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