8 de fev. de 2008

O cartão para atender a filha de Lula

A tramóia com os cartões corporativos, ou plano de auxílio aos companheiros (PAC), reabre a temporada de escândalos envolvendo o governo, com a singularidade de uma vasta rede de suspeitos que cresce a cada momento com novas revelações. É cedo para as previsões apocalípticas do juízo final. Mas, com as novas denúncias que pipocam de todos os lados, invadem a privacidade do presidente Lula e de seus familiares e salpicam lama em ministros e assessores da sua absoluta confiança, o governo não pode cruzar os braços e insistir no despiste de que as providências estão sendo adotadas para a clássica rigorosa apuração que costuma dar em coisa nenhuma.
Não é necessário remexer no monturo para o levantamento das CPIs do mensalão, do caixa 2, das ambulâncias, das absolvições em cascata dos parlamentares enterrados até o pescoço nas investigações que concluíram por recomendar a cassação de mandatos. Nem atiçar a fogueira com a suspeita de operações de emergência - como a que dissipou milhões com remendos na buraqueira da rede rodoviária, que não resistiram à primeira chuvarada.
O caldo engrossou de vez com a denúncia de que o cartão corporativo foi largamente usado pelos seguranças para pagar despesas de Lurian Cordeiro da Silva, filha do presidente Lula, que mora em Florianópolis com a família e que atingem a soma considerável de R$ 55 mil em lojas de autopeças, material de construção e em livrarias.

Leia a matéria de Villas-Bôas Corrêa no Jornal do Brasil do online

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