A nau do estado brasileiro singra os sete mares. Na cesta da gávea há permanentemente um gajeiro procurando sinais de terra habitada ou o mastro de outro navio.
Mal o gajeiro grita que avistou uma vela ou uma cidade a embarcação vira sua proa em direção à mesma e seus marinheiros capricham na aparência de alegres marinheiros em cruzeiro de férias.
Mas tudo é um ledo engano. Quando a nave está bem próxima ao objetivo, o pendão auriverde é baixado do mastro principal e sobe a bandeira negra com as tíbias cruzadas e a caveira.
Os marinheiros jogam para cima suas roupas de pacíficos marinheiros e agarram seus sabres, seus bacamartes e seus chuços, enquanto prendem a presa com ganchos de abordagem.
Uma vez a bordo agem sem dó nem piedade, arrancando tudo de valor desde o conteúdo dos porões até os dentes de ouro do inimigo.
E, se não passarem todos no fio da espada, ou os jogarem para alimentar os tubarões ou crocodilos, deixam o navio a deriva, afastando-se com o botim. Com sorte as vítimas salvarão o navio, chegarão a um porto e assim, numa data próxima poderão ser saqueadas novamente.
Maravilha! Agora vão para o porto de Tortuga, Cada pirata rico como o Rei Creso. Em Tortuga vão tomar rum, comer iguarias e mulheres.
Mas há um problema. Em Tortuga terão de compartilhar sua fortuna com a administração local. Senão serão presas fáceis para seus colegas. Então precisam comprar desde o governador local até o último soldado da guarnição local. Portanto a nau chega em Tortuga com uma fortuna que poderia garantir a vida da sua tripulação e dos seus descendentes e dentro de dois meses faz-se ao mar novamente sem um dobrão de ouro que seja. Precisa descobrir um novo botim, descobrir uma nova vítima, um novo imposto, um imposto maior, uma contribuição nova.
É duro ganhar o caviar, o carro blindado alugado e o Romanée Conti de cada dia.
Uma vez a bordo agem sem dó nem piedade, arrancando tudo de valor desde o conteúdo dos porões até os dentes de ouro do inimigo.
E, se não passarem todos no fio da espada, ou os jogarem para alimentar os tubarões ou crocodilos, deixam o navio a deriva, afastando-se com o botim. Com sorte as vítimas salvarão o navio, chegarão a um porto e assim, numa data próxima poderão ser saqueadas novamente.
Maravilha! Agora vão para o porto de Tortuga, Cada pirata rico como o Rei Creso. Em Tortuga vão tomar rum, comer iguarias e mulheres.
Mas há um problema. Em Tortuga terão de compartilhar sua fortuna com a administração local. Senão serão presas fáceis para seus colegas. Então precisam comprar desde o governador local até o último soldado da guarnição local. Portanto a nau chega em Tortuga com uma fortuna que poderia garantir a vida da sua tripulação e dos seus descendentes e dentro de dois meses faz-se ao mar novamente sem um dobrão de ouro que seja. Precisa descobrir um novo botim, descobrir uma nova vítima, um novo imposto, um imposto maior, uma contribuição nova.
É duro ganhar o caviar, o carro blindado alugado e o Romanée Conti de cada dia.
5 comentários:
Ralph, você não disse o nome do capitão do navio pirata,não será por acaso o Capitão Garanhuns, o que não usa tapa olho,nem papagaio no ombro.Ele usa tapa "oreia" para não escutar vaia, e o papagaio na verdade é um tucano de bico curvo pintado de verde.
Valha-me Deus, somente o "Holandês Volador" ou o capitão Jack Sparrow para encarar tamanha estirpe de facínoras.
Alô, Ralph.
Pois é. Você apanhou bem o caso. Principalmente porque, segundo a Academia Portuguesa de Letras, o nosso conhecido cesto da gávea, em Portugal leva o nome de caralho.(http://www.velhosamigos.com.br/Curiosidades/
curiosid35.html)
Qualquer continuação neste comentário é irrelevante, pois é para lá que estamos indo!
Para o Marreta - Bem lembrado. O Lula deve ser descendente dos holandeses que andaram por aí no século 17 (vide sobrenomes como Wanderley e Goulart) mas ele é o "Holandês Violador".
Para o Magu - Não estamos indo. Já chegamos. Vide a "correçãozinha" de 8% para 32% dos impostos das indústrias que simplesmente reembalam produtos. Viu um botim e atacou. Se está ,matando um setor da indústria não interessa. "Tenho o que fazer em Tortuga com este dinheiro."
Precisamos fazer um motim contra esse capitão, não de um olho só, mas de 9 dedos, antes que começe a dar água nesta caravela.
Alô, Ralph.
Na linha da sua resposta, outro casinho. Um amigo tinha uma engarrafadora de água mineral, reenchendo os botijões de 20L. Após trabalhar dois anos, queria comprar uma máquina de fazer o garrafão. Aí foi ver. Cadê o dinheiro? Feitas as contas bem direitinho, verificou que cobrava sessenta centavos (valor de mercado) para reencher o garrafão e pagava setenta e dois centavos de impostos sobre esse serviço. Também foi para o cesto da gávea...
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