Quem pode mais chora menos

Por Giulio Sanmatini

A ex ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro andou usando incorretamente o Cartão Corporativo, foi fritada pelo governo até que não agüentando a pressão renunciou ao cargo.
O mesmo está sendo feito com o ministro Altermir Gregolin, titular da Secretaria de Aqüicultura e Pesca, Lula pediu ao presidente do PT, Ricardo Berzoini, três nomes para substituí-lo. Ele também cometeu "irregularidade administrativa" com o cartão corporativo.
Ambos tem que ser punidos pois agiram desonestamente, mas isso não conta para o governo petista, o fato é que ambos não tem força política, portanto é mais fácil tirá-los.
Todavia o ministro e a ex-ministra podem ser comparados a ladrúnculos de galinhas em subúrbios pobre, perto da trapalhada que envolve a ministra do Turismo Marta Suplicy (foto).
A Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – Finatec, ao que parece está sendo uma entidade usada para driblar licitações, onde o empresário Luís Lima negociava com prefeituras do Partido dos Trabalhadores, acordos milionários para a sua empresa.

Na semana passada, ÉPOCA teve acesso a uma série de documentos da investigação do Ministério Público do Distrito Federal e de uma auditoria em um contrato da Finatec com a Prefeitura de São Paulo, que vigorou entre 2003 e 2004. Nesse período, a Prefeitura era comandada pela atual ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT). A principal peça desses documentos é uma planilha de controle da Finatec, com uma relação de contratos firmados pela fundação entre 2001 e 2005. Procurada por ÉPOCA, Marta Suplicy não quis se manifestar. Ao que tudo indica, sua força política torna intocável e impunível
Assim segue o peculato nesse governo: “quem pode mais chora menos”.