As dúvidas do PAC que não quer começar

Enviada por Giulio Sanmartini

Incerteza. Esta é a palavra que melhor define a situação de moradores da favela da Rocinha, na Zona Sul, e dos Complexos de Manguinhos e Alemão, na Zona Norte do Rio. Ás vésperas do início das obras de urbanização previstas pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), no próximo dia sete, nenhum morador sabe onde serão feitas as intervenções, que terão casas desapropriadas, quais moradores deverão deixar suas residências e onde as novas moradias serão construídas.
- Nós, aqui no Alemão, estamos com um misto de alegria e medo. As obras vão melhorar muito a vida de todos, mas a falta de informações sobre como e quando as intervenções serão feitas nos deixa apreensivos – contou Reginaldo Gabriel de Lima, 38 anos, todos passados na Grota, uma das 17 comunidades que compõem o Complexo de Favelas do Alemão.

Por intervenções, subentende-se o alargamento de ruas, construção de escolas, creches, espaços comunitários, além de um teleférico no Complexo do Alemão. Mas para que estas obras possam acontecer, milhares de moradores terão que deixar suas casas, sendo realocadas em outros imóveis. De acordo com a Secretaria de Obras do Estado, 4.822 casas serão removidas nas três comunidades. Onde e como as desapropriações acontecerão, no entanto, não foi especificado pela Secretaria, que afirma somente que a prioridade é a construção de novas moradias, em substituição àquelas que forem demolidas. (Leia mais Angélica Paulo no por JB online)