16 de mar. de 2008

A chegada dos tempos

Por Giulio Sanmartini

O Granma, jornal do Partido Comunista de Cuba e do ex-presidente Fidel Castro, começou a publicar notícias negativas do país, comentando a ineficiência do governo, a corrupção na economia, segundo reportagem do El Pais de sexta-feira.
Durante o governo de Fidel Castro , os diários ignoravam as críticas à ilha e se "concentravam no seu inimigo ideológico", os Estados Unidos, diz a reportagem.
Pela primeira vez, a principal fonte de informação da ilha dobrou as páginas da edição de sexta-feira, chegando a 16. " A partir de hoje, 14 de março, Dia da imprensa cubana , Granma circulará as sextas com 16 páginas, como parte dos esforços para elevar a informação à população e a qualidade do nosso trabalho", disse.
O líder cubano Fidel Castro anunciou no dia 19 de fevereiro a sua renúncia. Em uma mensagem publicada pelo jornal oficial do Partido Comunista Cubano, o Granma, Fidel disse que não aceitará o cargo de Presidente do Conselho de Estado, para o qual vinha sendo eleito e ratificado desde 1976.
Fidel, que deixou o governo após 19 meses afastado por conta de uma doença, afirmou ainda que seguiu pela televisão "a posição embaraçosa de todos os candidatos à Presidência dos EUA", suas reações, e que "um a um, todos se sentiram obrigados a realizar exigências imediatas sobre Cuba para não correrem o risco de perder um único voto que fosse", disse Fidel. "'Mudança, mudança, mudança!' gritaram em uníssono. Eu concordo, 'mudança!', mas da parte dos EUA", escreveu.

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