11 de mar. de 2008

A exortação

Por Ralph J. Hofmann

Companheiras e companheiros!
Quero aproveitar esta reunião privada (creio que não estamos em mais de duzentos aqui), para alterar, digo alertar, digo avisar pr’ocês dos perigos do consumo irregular de certos produtos.
Veja por exemplo o Romanée Conti. Pega mal gente mal, fica todo mundo reparando. Se precisam tomar este vinho telefonem na frente e mandem passar para garrafas de “Sangue de Boi” da vinícola Aurora.
De forma alguma quero ver alguém cheirando of fumando uma ervinha onde puderem ser vistos. Vou pedir à ABIN que providência uma sala designada em cada prédio público. Mas não vão oferecer pros amigos senão vamos ter de construir fumódromos maiores que a catedral de Brasília. Charutos podem fumar. Desde que cubanos.
Este negócio de parceria com as FARC e solidariedade com Chavez e aquele indiozinho de quem esqueço o nome sempre, sabem, aquele com aqueles blusões engraçados. Aquele que a Petrobrás vive dizendo que afanou umas bufunfa da gente, tá ficando estranho. Acho melhor alguns pararem de cheirar o pozinho deles quando temos reunião com eles. E talvez largar a 51 e experimentar uma Pitú. O pessoal da 51 tá ficando cheio dos guéri-guéri.
Do cartão corporativo. Mas será que eu tenho de ensinar tudo? Será que eu vou acabar sozinho no meu bunker com vocês me olhando com cara de tacho? Que nem aquele cara lá nas Lemanha? Como se chamava? Adolfo? Adolfo Celli? Não este é carcamano. Ah, já sei, Adolfo Idler!! Esse mesmo.
Bom, do cartão corporativo. Cês não sabe usar. Colocar pão e carne no cartão? Só podia dar caca. Tem de tirar a nota dizendo que é a compra de uma maçaneta nova pro aerolula. As notas de consertos e Floripa? Troca da biruta da base aérea de Florianópolis. Santa ignorância! Não sabem fazer nada sozinhos?
É por isto que ser presidente dá tanto trabalho. São uns incompetentes. E eu, um aposentado por invalidez tenho de fazer t u d o!

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