Nos discursos inflamados da semana passada, quando lançaram as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), as autoridades garantiram que, ainda ontem, começaria o bate-estaca nas favelas.
A realidade, porém, mostrou-se mais dura - e lenta - do que o previsto. No Complexo do Alemão, apenas 50 operários foram recrutados entre os moradores que se inscreveram para trabalhar no projeto. A Rocinha ainda não tem galpões para abrigar grandes máquinas ou receber os funcionários. Pior: a comunidade testemunhou ontem um policial militar sendo morto por estilhaços de uma granada. O artefato também provocou um incêndio ao atingir uma casa.
O artefato foi atirado por traficantes durante um intenso tiroteio na localidade conhecida como 99, no alto da favela. Uma equipe do 23º BPM (Leblon) foi ao local para conferir uma denúncia sobre tráfico de drogas. O sargento João Luiz Nunes Rafero, de 41 anos, atingido pela granada, chegou a ser levado para o Hospital Miguel Couto, mas não resistiu aos ferimentos. O incêndio na casa, rapidamente controlado pelo Corpo de Bombeiros, não deixou feridos.
O presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), Ícaro Moreno, assegura que o confronto não impediu que o PAC desse seus primeiros passos na Rocinha. (Leia aqui Renato Grandelle)
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