12 de mar. de 2008

Dengue

Por Fabiana Sanmartini

O carioca que já vive refém do narcotráfico, das conhecidas milícias, dos projetos mal acabados, empurrados goela abaixo, agora precisa também conviver com o mosquito da dengue.
Vitaminas do complexo B, repelentes a cada quatro horas e a lista de procedimentos, não comprovados, para o combate do mosquito é interminável. Se o dengoso estiver com sorte em mais ou menos 4 horas consegue o laudo do exame de sangue. Atenção, 4 horas a partir da coleta do sangue, excluído a espera nos corredores superlotados e a ausência crônica de profissionais de saúde nos hospitais. Que me desculpem os especialistas, estamos em meio a um surto, uma epidemia e a quem interessar possa, totalmente fora de controle. Os paliativos e as declarações otimistas e mentirosas já não conseguem mais esconder os fatos. A dengue está matando! E o pior é que em sua maioria são crianças. O que pode ser feito? Além de cada um manter sua casa dentro das medidas preventivas é rezar, pedir, fazer mandinga, plantar manjericão entrar como sócio para as fábricas de repelentes e aspirais. E esperar que o governo faça alguma coisa. O que? Não sei, não fui candidata, nem tampouco eleita para isso, sou vítima da epidemia com dois casos em 1 ano, onde dei a sorte de não precisar ficar internada e nem evoluir para a versão hemorrágica. O que queremos é seriedade, por conta do governo, do vizinho e de quem mais puder ajudar!

Foto: Mosquito Aedis Egypti, transmissor da dengue.

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