14 de mar. de 2008

A repetição da história

Por Fabiana Sanmartini

A história começou nem faz tanto tempo assim, em todo caso vamos lá... Até a revolução francesa, as castas eram divididas de forma rígida e sem possibilidade de ascensão, a nobreza e o clero estavam na parte mais alta da pirâmide e eram sustentados pela burguesia, que pagava impostos carérrimos.
Juntando-se ao inconformismo da burguesia vieram os sem-teto, sem-terra, sem-calças, sem-vergonha... Bem, finda a breve lembrança dos nossos professores de história, passamos aos dias atuais. A população elegeu um ex-operário, líder sindical, por assim dizer do povo, em duas eleições diretas. Não cabe aqui em quem se votou, mas em quem foi eleito pela maioria, seja ele burra ou não. Mas, me parece, e isso é opinião minha, que foi na intenção de mudarmos os quadros, de termos no poder alguém que conhecia as dificuldades pelas quais a maioria de nós passamos. Balela! Hoje o presidente eleito por ser do povo é elite, e da pior espécie, dos amorais. É uma seqüência de escândalos e de projetos fracassados, bolsa tudo que não dá nada pra quem realmente precisa, mas que sobra nos cofres e despensas abarrotadas dos protegidos da corja presidencial.
Hoje o jornal trás na primeira página mais um escândalo envolvendo a venda de privilégios dentro do CNSA (Conselho Nacional de Assistência Social). O processo consistia na venda de concessão de títulos de filantropia, os favorecidos tinham abonos e votos a favor em seus processos. (Ilustração: “A liberdade guiando o povo” alegoria da Revolução Francesa de Eugène Delacroix)

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