
Quando um presidente, isto é o chefe do poder Executivo, tenta interferir no judiciário, a coisa começa a ter cheiro ditatorial. Espera-se que os ministros do Supremo Tribunal Federal tomem providências contra a tentativa indevida de enfiar o bedelho no Judicial como parece que Lula esteja tentando fazer.
Os presidentes do Senado, da Câmara e a presidente do Supremo Tribunal Federal vestiram fardas de bombeiro, no fim de semana que passou.
Garibaldi Alves, Arlindo Chinaglia e Ellen Gracie (foto) receberam sinais de senadores, de deputados e de ministros do Supremo no sentido de que precisarão reagir, caso o presidente Lula não reverta a linguagem agressiva utilizada nos últimos dias contra o Legislativo e contra o Judiciário.
O que menos desejam os dirigentes desses dois poderes é que a temperatura se eleve ainda mais, tendo em vista a recente agressividade do presidente Lula, mas sabem que tudo tem limite. Mesmo integrando partidos da base do governo, como Garibaldi e Chinaglia, e ainda que a maioria dos ministros do Supremo tenha sido nomeada pelo presidente Lula, a verdade é que eles representam as instituições que dirigem, tendo por obrigação defendê-las.
Não podem ficar calados quando o chefe do Poder Executivo exorta-os a não meter o nariz nas coisas que não são deles ou quando ouvem que estão impedindo o desenvolvimento social no País.
É claro que existem deputados e senadores que dão toda razão a Lula, assim como ministros do Supremo Tribunal Federal que interpretam haver o presidente da República atacado apenas o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, não todo o Poder Judiciário, mas a verdade é que fala mais alto o espírito corporativo.
No que depender dos presidentes do Senado, da Câmara e da presidente do Supremo, a crise ainda poderá ser absorvida, mas apenas se o presidente Lula colaborar e ficar uns dias calado.
Não podem ficar calados quando o chefe do Poder Executivo exorta-os a não meter o nariz nas coisas que não são deles ou quando ouvem que estão impedindo o desenvolvimento social no País.
É claro que existem deputados e senadores que dão toda razão a Lula, assim como ministros do Supremo Tribunal Federal que interpretam haver o presidente da República atacado apenas o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, não todo o Poder Judiciário, mas a verdade é que fala mais alto o espírito corporativo.
No que depender dos presidentes do Senado, da Câmara e da presidente do Supremo, a crise ainda poderá ser absorvida, mas apenas se o presidente Lula colaborar e ficar uns dias calado.
Um comentário:
Cara Adriana, se não aborrecer você e seus leitores, gostaria de colocar um comentário meu no blog ongolhovivo, de Caraguatatuba, que ilustra, na minha opinião, a "baixa" de autoconceito da Justiça. Chegamos a um momento tão grave de falta de clareza de idéias, que até crimes são resolvidos politicamente. Começo fazendo o comentário, depois faço a citação. É local, mas acho que exemplifica:
"Em Ilhabela, há forças de fora do município e uma falta total de respeito ao Judiciário, de forma que crimes, como o da fraude da folha de pagamentos são tratads politicamente na base das costas quentes e não da Justiça.Para ilustrar o fato, transcrevo trecho do jornal Canal Aberto desta semana, na seção "no tipiti":
'Movimentação
Na última terça-feira, Manoel Marcos (nota minha: Prefeito de Ilhabela) esteve em um grande escritório de advocacia paulistano, acompanhado do secretário ilhéu para Assuntos Jurídicos, Odair Barbosa dos Santos.
Ontem, Odair voltou ao mesmo escritório, desta feita acompanhado pelo advogado da prefeitura, Fernando Ubirajara, presidente da Comissão Processante que apurou o desfalque na folha de pagamento do funcionalismo ilhéu, descoberto em 2006.
Os analistas da CIA (nota minha: sigla que o jornalista faz para Central de Intrigas de Ilhabela), conforme esta coluna já publicou há semanas, acreditam que o caso esse vai terminar em pizza de chuchu...'
NOTA MINHA: veladamente encontra-se a figura de Alckmin, apelidado de Chuchu, como protetor da impunidade e do uso da máquina em benefício da corrupção. FRAUDE É CRIME E OS CULPADOS TÊM QUE SER INDICIADOS E IR PARA A CADEIA.
Na mesma coluna, o articulista cita também como influências de fora podem ajudar a impunidade na rejeição de contas. Provavelmente, em Caraguá ACS fará algo semelhante:
'Caldeirão (4)
Donizete foi presidente da Câmara ilhoa e, na semana passada, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo rejeitou a sua prestação de contas relativas a 2004, porque naquele ano o Executivo repassou para o Legislativo verbas com um percentual de 0,9% acima do previsto pela legislação.
Pré-candidato a prefeito, Donizete vai tentar anular a decisão do TCE na justiça comum, contando com a assessoria do amigo e padrinho político, o ex-deputado Antônio Veronezzi.'
NOTA MINHA: Então padrinho político é melhor do que probidade... e a população paga a conta, como no caso dos cartões corporativos. "Caso de segurança nacional..."
Triste, né? Os valors todo trocados, na minha opinião e esses caras têm milhões de processos, mas eles tiram até o Promotor do Estado e eles não caem.
Postar um comentário