3 de abr. de 2008

A dengue e as eleições

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reconheceu que as ações contra a dengue acabam sendo prejuicadas em função do calendário eleitoral. Segundo ele, além do Rio de Janeiro, a situação de dengue em outros estados do Norte e Nordeste é preocupante para o próximo ano.
– A dengue é uma lição que o Brasil já deveria ter aprendido há muito tempo. Todos os anos em que há disputa eleitoral, a guerra contra a dengue perde. Os gestores desmobilizam programas, demitem servidores e fazem politicagem menor com algo tão grave – afirmou após reunião da Unitaid, organização internacional que tem o objetivo é obter redução de 40 a 50% nos preços dos remédios de Tuberculose, Malária e Aids.
Para Temporão, além da grave situação do Rio de Janeiro, os números da dengue no país servem de alerta para o trabalho de 2008. Apesar de nacionalmente o índice da doença ter diminuído em 27%, houve um significativo aumento relativo da dengue no Amazonas (992%), Rondônia (484%), Sergipe (617%), Bahia (241%), Rio Grande do Norte (275%) e Pará (147%). O Rio de janeiro, no entanto, reúne praticamente o dobro de casos somados nos demais seis Estados.
– O cenário nacional serve de alerta para que a gente trabalhe o ano de maneira pesada, articulada e integrada. Todos devem estar envolvidos, o governo federal, estados, municípios e sociedade, para que a gente evite, em 2009, a situação vivida hoje – apelou.
O ministro relembrou que, além da informação à população, o poder público deve se empenhar em implementar o programa Saúde da Família e fortalecer os agente comunitários de saúde, que são importantes instrumentos para a prevenção da dengue. A estratégia, juntamente com a ampliação da atenção básica, é necessária também para se evitar as mortes relacionadas à dengue.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ainda bem que ele nãofalou que José Serra é o Ministro da Dengue. É só abrir o Transparência Brasil, pra ver que as verbas da Saúde foram aplicadas minimamente. Ce nést pas un pays sérieux, como disse De Gaulle.

Anônimo disse...

Erro de digitação: Ce n'est pas un pays sérieux.

ma gu disse...

Alô, Rô.

Um país que contingencia verbas de Saúde não é apenas não sério. É criminoso! Também, com uma guerrilheira na Casa Civil, um professorzinho esquerdista na Fazenda e um duende obtuso como chefe, o que você queria?