O Livro dos livros traz, em Eclesiastes (3, 1-8), inestimáveis ensinamentos sobre o tempo. Tudo tem o seu tempo. Tudo tem a sua ocasião.
Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derrubar e tempo de erguer; tempo disso e tempo daquilo. Tempo de calar e tempo de falar...
O governo tenta prover uma escala particular de tempo para Dilma. Tempo de plantar banco de dados e tempo de colher dossiê; tempo de vazar e tempo de negar o vazamento; tempo de calar e tempo de permanecer calada.
O silêncio da ministra, por anti-bíblico, vai produzindo barulho ensurdecedor, incompatível com as pretensões da personagem. Pretensões, como se sabe, presidenciais.
Ora, se Lula e seus operadores acham que Dilma não consegue entabular meia dúzia de explicações críveis sobre encrenca tão comezinha, como resistirá o "poste" às pichações de uma campanha eleitoral?
Nesta terça-feira (22), Romero Jucá (PMDB-RR), líder de Lula no Senado, marcou para dia 30 de abril a ida de Dilma à Comissão de Infra-Estrutura. Há ali dois requerimentos de convocação da ministra –uma para falar sobre PAC. Outra, sobre o dossiê.
Jucá quer limitar a inquirição ao PAC. Apresentou requerimento para anular a outra convocação. Algo que já causa incômodo até ao sereno presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN).
“Acho que está havendo é um excesso de proteção à ministra. A ministra é a mãe do PAC, mas agora há um paternalismo muito grande em torno da ministra, para que ela não fale, para que ela não possa dizer alguma coisa. A ministra certamente merece dos líderes do governo essa dedicação toda, mas tem hora que uma dedicação como essa não serve, termina não servindo nem à ministra, nem ao país e nem ao governo.”
O diabo é que o Senado já nem é o problema mais urgente da ministra. A essa altura, até a Polícia Federal, aparentemente alheia ao paternalismo oficial, já prepara a oitiva de mãe Dilma.
Jucá quer limitar a inquirição ao PAC. Apresentou requerimento para anular a outra convocação. Algo que já causa incômodo até ao sereno presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN).
“Acho que está havendo é um excesso de proteção à ministra. A ministra é a mãe do PAC, mas agora há um paternalismo muito grande em torno da ministra, para que ela não fale, para que ela não possa dizer alguma coisa. A ministra certamente merece dos líderes do governo essa dedicação toda, mas tem hora que uma dedicação como essa não serve, termina não servindo nem à ministra, nem ao país e nem ao governo.”
O diabo é que o Senado já nem é o problema mais urgente da ministra. A essa altura, até a Polícia Federal, aparentemente alheia ao paternalismo oficial, já prepara a oitiva de mãe Dilma.
Um comentário:
Se o Presidente tivesse vergonha já teria retirado essa senhora do cargo.
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