É Créu neles! É Créu nelas!
Dilma Rousseff encolheu. Sua candidatura presidencial durou menos de duas semanas. Foi logo ceifada pelo bando de José Dirceu. Ou pelo bando de Marta Suplicy. Ou por seu próprio bando. Eu, que defendia ardorosamente a candidatura da princesinha do Créu, terei de escolher outro nome do PT. Qualquer um é pior do que ela. Qualquer um tem mais chance de ser eleito.
Fala-se muito sobre a popularidade de Lula. É espantoso que o eleitorado ainda o apóie desse jeito. Mas ninguém contabiliza o ganho que isso pode representar para o futuro. Para proteger a imagem de Lula, todas as maiores figuras do PT foram sacrificadas. E as menores também. Dou um conselho aos mais aflitos: pendurem na parede uma fotografia do primeiro ministério lulista, de 2003. A mortalidade entre seus membros foi maior do que a do politburo de Stalin. A velha-guarda petista sumiu do cenário político. Agora só pode agir às escondidas, nos bastidores. De José Dirceu a Humberto Costa, de Luiz Gushiken a Miguel Rossetto, de Antonio Palocci a – qual era o nome dele? – José Fritsch.
Lula é o Ricardo III de Garanhuns. Só falta a corcunda. E o pé manco. Nos últimos seis anos, para conseguir manter-se no poder, ele se desfez de fosse quem fosse. Os herdeiros do trono foram degolados um a um, sem o menor remorso, sem a menor piedade. Lula tem até aquele ar insolente de Ricardo III. Seu mote shakespeariano:
Consciência é apenas uma palavra que os covardes usam.
A inescrupulosidade de Ricardo III foi premiada por algum tempo, garantindo-lhe o poder absoluto. Mas tudo se perdeu depois de sua morte. Ele foi o último rei da casa de York. Assim como Lula será o primeiro e último presidente eleito pelo PT.
O aniquilamento que ocorreu na política se estendeu também às outras áreas. O lulismo se tornou um estigma. Quem se associou a Lula está condenado para sempre. Os lulistas do cinema, os lulistas da música, os lulistas da academia, os lulistas da imprensa – o engulho que a gente sente por eles jamais poderá passar. Lula canibalizou todos os seus aliados, em particular os do PT. Ele é a bolha que engole o que está por perto. Os lulistas ganharam um bocado de dinheiro nestes anos. Uns se transformaram em lobistas. Outros receberam financiamento estatal ou renegociaram suas dívidas com o BNDES. Mas um dia isso passa. Porque a imunidade que os brasileiros concederam a Lula é limitada a ele. Só a ele.
Se o Ricardo III shakespeariano é elaborado demais para Lula, ele pode recorrer a outro mote, ligeiramente menos refinado:
É Créu!
É Créu neles!
É Créu nelas!
Olhe a fotografia pendurada na parede. Olhe aquele ministro. Olhe aquele outro. Repito: um dia isso passa, garanto que passa.
Lula é o Ricardo III de Garanhuns. Só falta a corcunda. E o pé manco. Nos últimos seis anos, para conseguir manter-se no poder, ele se desfez de fosse quem fosse. Os herdeiros do trono foram degolados um a um, sem o menor remorso, sem a menor piedade. Lula tem até aquele ar insolente de Ricardo III. Seu mote shakespeariano:
Consciência é apenas uma palavra que os covardes usam.
A inescrupulosidade de Ricardo III foi premiada por algum tempo, garantindo-lhe o poder absoluto. Mas tudo se perdeu depois de sua morte. Ele foi o último rei da casa de York. Assim como Lula será o primeiro e último presidente eleito pelo PT.
O aniquilamento que ocorreu na política se estendeu também às outras áreas. O lulismo se tornou um estigma. Quem se associou a Lula está condenado para sempre. Os lulistas do cinema, os lulistas da música, os lulistas da academia, os lulistas da imprensa – o engulho que a gente sente por eles jamais poderá passar. Lula canibalizou todos os seus aliados, em particular os do PT. Ele é a bolha que engole o que está por perto. Os lulistas ganharam um bocado de dinheiro nestes anos. Uns se transformaram em lobistas. Outros receberam financiamento estatal ou renegociaram suas dívidas com o BNDES. Mas um dia isso passa. Porque a imunidade que os brasileiros concederam a Lula é limitada a ele. Só a ele.
Se o Ricardo III shakespeariano é elaborado demais para Lula, ele pode recorrer a outro mote, ligeiramente menos refinado:
É Créu!
É Créu neles!
É Créu nelas!
Olhe a fotografia pendurada na parede. Olhe aquele ministro. Olhe aquele outro. Repito: um dia isso passa, garanto que passa.
6 comentários:
Ô seu Mainardi,
É Créu em todos nós!
É Creu demais!
É
Daqui não saio,
Daqui ninguem me tira
No Funk do CRÉU!
Ammqard
Eu não sou muito dado a acreditar em profecias.Depois que o mundo não acabou como Nostradamus previa, eu fiquei chateado.
Diogo Mainardi fez um rasante no passado presente futuro imediato do Lula e seu petismo de resultado e chegou a essa conclusão do artigo.
É uma profecia embasada na lógica dos fatos e tem tudo para dar certo.
Diogo fala em bolha que engole os próximos dele.
Eu, não jornalista,acho uma coisa diferente dele, Lula é um "buraco negro" cujo campo gravitacional absorve tudo ao redor e nada mais escapa, nem um raio de luz, nada.
Ele é como a cobra que foi engolindo a si mesmo até acabar a cobra.E passa a existir no "horizonte de eventos".
E que passe bem rápido!
Alô, Cassio.
Que a Padroeira ouça o Diogo...
Alô, Ammqard.
Parece que passou a freqüentador (leio os posts do mais novo para o mais antigo). Se é isso, benvindo aos '26' (acho esse número já ultrapassado mas, como é simpático, continuamos usando).
Alô, Marreta.
Credo! Usar o Oroburus, simbolo do infinito, para uma peça que desejamos seja o mais finito possível (mas entendi o espírito da coisa)...
Aos 26s,
Na realidade, leio desde o argumento e prosa.
Não postava comentário por uma série de razões, entre elas:
1) A maioria de comentários que leio nos blogs e jornais é ou de absurdos sem tamanho ou de brigas de postantes ou ambos;
2) A patrulha na rede é de lascar.
Ammqard
Alô, Marreta.
Quando você citou a cobra, lembrou-me um artigo que lí em 2001. Achei e posto aqui. Recebeu o nome de O Circulo do Rabo Melado. É da era pré-sapo e interessante de ler, oito anos depois...
http://www.riototal.com.br/coojornal/vasques029.htm
Falhei em colocar no meu comentário acima, por isso entrei de novo.
Magu fui ler o post que você indicou, gostei.
Aquela exposição da vilania existente, poucos teriam coragem de editar, a tal blogosfera de hoje virou virou campo de caça.Se não se enquadrar é linchado.
Einstein sentiu na própria carne,veja isto em um discurso na Sorbonne." Se a minha teoria da relatividade ficar provada,a Alemanha me reivindicará como alemão e a França declarará que sou cidadão do mundo. Mas se minha teoria se revelar falsa,a França dirá que sou alemão e a Alemanha dirá que sou judeu."
Viu Magoo como a banda tocava naquele tempo?
Imagine hoje.
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