O que era previsto já começou acontecer. Os reflexos da economia americana já estão dando os primeiros sinais. Ainda é cedo para choques fortes que possam ser sentidos pela população que mal sabe que a próspera economia mundial deu sinal de esgotamento. Continuam, com o divino sopro dos créditos, a comprometer os seus rendimentos na ilusão de que melhores ganhos e salários virão. É este pensamento que pode levar a muitos conflitos internos quando da percepção, pelos assalariados, de que precisam ganhar mais porque o endividamento assumido não permite extensão de maiores sonhos de consumo. Tendo como pauta o voto para outubro, o governo deixa de aplicar medidas de efeitos contensivos para permanecer na graça dos eleitores que, em sua esmagadora maioria, são formados pela faixa de baixa renda.
Em artigos passados, na época do auge da euforia, escrevi que os reflexos da crise internacional viriam pelo comércio e pela escassez de alimentos em razão dos investimentos, aqui em nossa terra, não privilegiarem o setor de nossa maior vocação que é o campo e a agricultura de subsistência. Inocência dizer que a produção dos biocombustíveis, não afeta a produção de alimentos. A cana-de- açúcar, assim como a soja, é um alimento. Áreas produtoras de variedades da cadeia alimentar estão se transformando em monoculturas, matérias primas voltadas para a produção de biocombustíveis. É verdade, o presidente tem razão quando disse que a falta de alimentos é porque aqueles que mal se alimentavam, hoje se alimentam. Entretanto, não deu continuidade ao seu raciocínio para prever que, distribuir dinheiro por meio de programas sociais deixa o povo com ímpetos consumistas, mas desprovido de realizar ganhos pelo seu próprio esforço e trabalho. Quantos milhares abandonaram o campo ou certa atividade, mesmo que de subsistência, por conta das bolsas-família, auxílios-natalidade e por aí vai. O que foi dado à esse povo como ferramenta para aumentar seus ganhos? Dar mais dinheiro? No sertão, como exemplo, foi um rio que passou em suas vidas. Logo sentirão, se nenhuma atitude for tomada, um grande sentimento de frustração, se não, de revolta.
O governo terá que, a todo custo, continuar bancando o preço do combustível sob pena de agravar a situação. Não está difícil anular o preço do petróleo em nosso cotidiano. Basta aumentar a produção do biocombustível para consumo interno já que temos equipamentos e muita tecnologia para industrialização com utilização desse produto. O nosso petróleo não é de boa qualidade e por isso temos que importar combustíveis e lubrificantes em razão do petróleo pesado, com derivados de baixo preço no mercado internacional. É tarefa do governo, de forma urgente, aumentar a capacidade energética e estabelecer ações de incentivos concretos aos empresários para desenvolvimento de tecnologias avançadas com menor dependência de combustíveis externos. Como exemplo, a área automotiva e também motores estacionários.
È preciso reduzir o avanço das importações que já refletem, significativamente, no desequilíbrio do nosso saldo comercial. As nossas exportações crescem em valores e não em volumes o que nos deixa frágil ante uma queda, por exemplo, nos preços das commodities minerais ou agrícolas. As exportações de manufaturados representam menos de 4% ante o total exportado de 14% este ano.
A estratégia de gastar muito, leva o governo à redução de investimentos em setores fundamentais para nossa economia. Por outro lado, faz circular dinheiro e com isso geração de empregos não sustentáveis ante os riscos da redução da atividade produtiva motivada pelo mercado internacional e seus reflexos na economia mundial como um todo. A dosagem aplicada pelo Banco Central foi pequena ante a necessidade de conter a expansão da demanda, geradora de inflação. É lógico que os empresários reclamam. Os dólares especulativos virão, mas devem ser domados por ação da Receita Federal para que não ocorra de um Georges Soros levar limpos mais de dois bilhões de dólares sem o menor esforço, sem produzir um grão de milho. Não conheço nenhum País que tenha construído sua riqueza em outras terras. Não adianta vender o etanol lá fora, se ainda não temos firmes os contratos internos.
O governo terá que, a todo custo, continuar bancando o preço do combustível sob pena de agravar a situação. Não está difícil anular o preço do petróleo em nosso cotidiano. Basta aumentar a produção do biocombustível para consumo interno já que temos equipamentos e muita tecnologia para industrialização com utilização desse produto. O nosso petróleo não é de boa qualidade e por isso temos que importar combustíveis e lubrificantes em razão do petróleo pesado, com derivados de baixo preço no mercado internacional. É tarefa do governo, de forma urgente, aumentar a capacidade energética e estabelecer ações de incentivos concretos aos empresários para desenvolvimento de tecnologias avançadas com menor dependência de combustíveis externos. Como exemplo, a área automotiva e também motores estacionários.
È preciso reduzir o avanço das importações que já refletem, significativamente, no desequilíbrio do nosso saldo comercial. As nossas exportações crescem em valores e não em volumes o que nos deixa frágil ante uma queda, por exemplo, nos preços das commodities minerais ou agrícolas. As exportações de manufaturados representam menos de 4% ante o total exportado de 14% este ano.
A estratégia de gastar muito, leva o governo à redução de investimentos em setores fundamentais para nossa economia. Por outro lado, faz circular dinheiro e com isso geração de empregos não sustentáveis ante os riscos da redução da atividade produtiva motivada pelo mercado internacional e seus reflexos na economia mundial como um todo. A dosagem aplicada pelo Banco Central foi pequena ante a necessidade de conter a expansão da demanda, geradora de inflação. É lógico que os empresários reclamam. Os dólares especulativos virão, mas devem ser domados por ação da Receita Federal para que não ocorra de um Georges Soros levar limpos mais de dois bilhões de dólares sem o menor esforço, sem produzir um grão de milho. Não conheço nenhum País que tenha construído sua riqueza em outras terras. Não adianta vender o etanol lá fora, se ainda não temos firmes os contratos internos.
Um comentário:
A mídia tem falado bastante sobre o caos no transportes urbanos, principalmente na cidade de São Paulo e, estranhamente, silenciado sobre a logística nacional.
Consideremos a expansão da produção agrícola como certa. E a armazenagem e o escoamento como ficam?
Ammqard
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