Lula e Benedito Valadares

Por Giulio Sanmartini

Benedito Valadares 8!892/1973), foi interventor de Minas Gerais de 1933 a 1945, apear de ser um político hábil era muito ignorante e dele criaram-se muitas piadas.
Por exemplo: de uma feita olhava suas mãos e as achou bonitas, então disse a secretário que “mandaria fazer um busto das mãos.” Outra vez discursava junto ao túmulo de um político que havia morrido aos 96 anos e soltou: - Temos que aceitar essa morte “prematura...” alertado pelo secretário que não podia ser assim ele contra argumentou: - Sei que é “premátura”, mas todos dizem prematura.
Sua história mais folclórica foi num discurso onde disse: - Minas, celeiro do Brasil, cuíca do mundo.
- Não é cuíca – disse seu secretário – é quiçá.
Dias depois numa festa, assistindo um grupo de sambistas cariocas ouviu de outro político:- Magníficas essa cuícas, não é mesmo governador?
- Não meu filho, eu caí nessa outro dia, são quiçás.
Lula também, que não prima por sua cultura, anteontem meteu um “Brasil celeiro...”, Não seria surpresa se o presidente dissesse: - Brasil celeiro da América, cuíca do mundo!
O presidente discursou, nesta quarta-feira (23), na solenidade de comemoração dos 35 anos da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Falou sobre a crise de alimentos que ronda o planeta. Disse que, em vias de tornar-se “celeiro do mundo”, o Brasil deve ter “disposição política” para enfrentar as “leviandades” de que vem sendo vítima. Acha, por exemplo, que o petróleo é um vilão mais saliente do que os biocombustíveis. De concreto, por ora, tem-se apenas o seguinte: o "celeiro do mundo" está às voltas com problemas no abastecimento de arroz. (Foto: ao centro, Bendito Valadares)