7 de abr. de 2008

O grande presente: uma dentadura

Por Giulio Sanmartini

Nos tornozelos as cicatrizes do cepo, nos pulsos as marcas das algemas à boca lobo, que tem esse singular nome, porque e cheia de pequenos pregos, que furam o membro. O boca dos choque elétricos ficou cem dentes, mas a sorte é que a primeira vez que foi discursar na ONU lhe deram de presente uma dentadura.
Este é a história do monge budista, o himalaiano Palde Gyatso (foto), que passou 33 anos dentro dos cárceres chineses. Carrega em sua pela os estigmas desse calvário.
Depois de solto foi chamado a testemunhar na ONU,no Congresso estadunidense e na União Européia, mas foi ignorado pela diplomacia chinesa, a não ser por uma lacônica carta enviada à Comissão dos Direitos do Homem, na própria ONU: “Palden Gyatso é um criminoso que persiste na suas atividades subversivas” escreveu o embaixador chinês (1995) Ma Yuzhens “O seu relato é falso: nos cárceres chineses a tortura é proibida”.
Gytso conta:” A minha história demonstra que os ocidentais, se quiserem, podem provocar mudanças. Contudo os paises democráticos parecem que hoje só pensam no ganho, no dinheiro e nos negócios. Os direitos humanos não contam mais nada. Tudo isso é muito perigoso. No Tibet tem uma expressão que diz ‘dar o dinheiro na ponta da faca’. É isto que está acontecendo. A China é poderosa e nó temos somente a força da verdade.

Um comentário:

Abreu disse...

Quicaminha foto tá fazêinu aqui?!?