Nesta segunda-feira precisei levar meu neto Luka até a fazenda do avô Cândido, na serra de São Vicente. Saí de Cuiabá às 17h30m, prevendo chegar uma hora depois, já que são apenas 70 quilômetros. Na saída da cidade, à altura do Distrito Industrial, esbarrei numa fila tripla de caminhões que avançava 20 quilômetros à frente, até a barreira que os índios fizeram em protesto contra a Funai. Com alguma dificuldade retornei para pegar um atalho que passa por dentro do bairro Pedra 90 e sai na BR-364 quase no pé da serra. O atalho estava impedido. Voltei de novo e decidi ir por Chapada dos Guimarães, exatamente na direção oposta e de lá a Campo Verde, a 120 quilômetros de Cuiabá e depois mais 60 até a fazenda. Andei 170 quilômetros para percorrer o trecho todo.
Na terça-feira voltei a Cuiabá. As filas eram medonhas. Não pude fazer uma ultrapassagem sequer, porque o tráfego represado de caminhões era absolutamente impressionante. Na saída de Cuiabá, mais de mil carretas aguardando para sair. Imagine-se. Passam 10 mil carretas dia na BR-364 indo e vindo. E ficar mais de 24 horas fechadas para um protesto dos índios. Isso, quando não é o MST com sua paranóia de protestos. Prejuízos enormes para as transportadoras e para as empresas num mundo em que a logística é a ciência mais importante do sistema econômico.
Bom, diria o leitor: o que tem isso com o título do artigo e com o terceiro mandato do presidente Lula? Tem tudo a ver. Os chamados movimentos sociais estão vivendo uma época de ouro, com muito recurso público, muita proteção, muito poder e a certeza de que ninguém seria doido de confrontar com qualquer manifestante, por pior que fossem as condições.
É que o presidente, e não o governo que é uma idéia rarefeita, tem um pacto com a sociedade de baixa renda e com os movimentos sociais. Lula adquiriu um crédito muito maior do que Getúlio Vargas ou JK. É o líder das massas brasileiras e pode até querer um terceiro mandato, com a certeza de que o terá. Apenas a classe média poderia criticá-lo, porque foi posta à margem do processo econômico e político. Mas, sem poder, deixou de ser ouvida. A “zelite” nunca ganhou tanto dinheiro. Logo, um terceiro mandato lhe faria muito bem. Correr risco para que? Justificaria. Os movimentos sociais e as classes D e E nunca foram tão felizes.
Ah! Mas tem o Congresso Nacional, insistiria o leitor. Que Congresso? Indago. Esse que perdeu a função legislativa? Lula será presidente por mais quatro anos a partir de 2010. Só se não quiser.
E eu fico cá imaginando como é que nós iremos trafegar nas nossas estradas com tantos protestos que certamente virão da força de todos os movimentos. Pior do que nós particulares com nossos automóveis, imagino o que esperam os transportadores de cargas que movimentam a economia brasileira.
Voltei na terça-feira para Cuiabá fazendo essas perguntas, enquanto via centenas de carretas, como eu, desviando das crateras na rodovia e esperando o anúncio de que o nosso Líder quer continuar nos liderando até quando quiser.
Bom, diria o leitor: o que tem isso com o título do artigo e com o terceiro mandato do presidente Lula? Tem tudo a ver. Os chamados movimentos sociais estão vivendo uma época de ouro, com muito recurso público, muita proteção, muito poder e a certeza de que ninguém seria doido de confrontar com qualquer manifestante, por pior que fossem as condições.
É que o presidente, e não o governo que é uma idéia rarefeita, tem um pacto com a sociedade de baixa renda e com os movimentos sociais. Lula adquiriu um crédito muito maior do que Getúlio Vargas ou JK. É o líder das massas brasileiras e pode até querer um terceiro mandato, com a certeza de que o terá. Apenas a classe média poderia criticá-lo, porque foi posta à margem do processo econômico e político. Mas, sem poder, deixou de ser ouvida. A “zelite” nunca ganhou tanto dinheiro. Logo, um terceiro mandato lhe faria muito bem. Correr risco para que? Justificaria. Os movimentos sociais e as classes D e E nunca foram tão felizes.
Ah! Mas tem o Congresso Nacional, insistiria o leitor. Que Congresso? Indago. Esse que perdeu a função legislativa? Lula será presidente por mais quatro anos a partir de 2010. Só se não quiser.
E eu fico cá imaginando como é que nós iremos trafegar nas nossas estradas com tantos protestos que certamente virão da força de todos os movimentos. Pior do que nós particulares com nossos automóveis, imagino o que esperam os transportadores de cargas que movimentam a economia brasileira.
Voltei na terça-feira para Cuiabá fazendo essas perguntas, enquanto via centenas de carretas, como eu, desviando das crateras na rodovia e esperando o anúncio de que o nosso Líder quer continuar nos liderando até quando quiser.
2 comentários:
PENSO QUE OS MILITARES DEVERIAM ACORDAR, POIS A IGREJA E OS CARA PINTADAS, FAZEM PARTE DA ROMARIA.
O atual mandatário,vejam só, faz o que funcionava ou já existia, trocando apenas o nome.
Fez, faz a um custo fabuloso, propaganda pessoal que é um componente muito forte de aprovação popular, talvez o principal.
Quando não faz institucionalmente, o faz produzindo notícias SEM NENHUM INTERESSE PÚBLICO e APRESENTADAS INTENCIONALMENTE pela mídia, mais ou menos desta forma:
O Presidente Lula ataca as oposições ....
Na Holanda, o Presidente Lula avisa que ...
O Governo Lula está investindo ...
Lula quer ...
Nada diferente das variedades ou fofocas apresentadas em Caras, Contigo ou tiradas de salão que bem caberiam no Febeapá.
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