Por Reinaldo Azevedo
Quatorze minutos, com confirmação técnica, separam o instante em que Alexandre Nardoni desligou o motor do carro (23h36) do telefonema ao resgate informando que uma criança havia caído da janela (23h49min59seg). Segundo a versão do casal, entre um extremo e outro, o pai saiu do veículo, abriu a porta, pegou Isabella, que dormia no banco de trás, esperou o elevador, subiu, abriu a porta do apartamento, levou a garota à cama, desceu, pegou os dois meninos, entrou no elevador de novo e chegou em casa. Entre uma coisa e outra, alguém abriu a porta do apartamento, fez as barbaridades conhecidas com Isabella, tentou cortar a rede com faca, não conseguiu, procurou e achou uma tesoura. Rede rompida, pegou a menina (que ainda estava viva, sabe-se agora), jogou-a pela janela, saiu e não deixou vestígios.
Amanhã, os advogados de defesa de casal Alexandre e Anna Carolina Jatobá entram com uma representação na Corregedoria da Polícia Civil acusando irregularidades na condução do inquérito, que dizem ser tendencioso e parcial. Entendo. É o que lhes resta.
2 comentários:
Prezada Adriana,
Interessante é que se tivesse uma pessoa no apartamento conforme afirmam os indiciados e o avô da menina, eu perguntaria a eles:
- Qual o motivo que vocês tem (não é achismo - eu acho que...) quanto o que a tal pessoa faria uma barbaridade destas? Não teria ido embora sem levar nada em vez de executar um crime tão violento?
A principal pergunta: "QUAL O MOTIVO DO CRIME?" já teria sido feita por alguém?
Um dos processos clássicos de investigação baseia-se em: Se forem investigadas todas as hipóteses, e descartadas todas, menos uma, essa corresponderá à verdade, ainda que improvável.
Sem fazer defesa, nem ataque: a pergunta do Antonio pressupõe que um possível invasor seria ladrão. É apenas uma hipótese, existem outras:
1) Se houvesse um invasor, mas movido por vingança?
2) Foram investigadas todas as pessoas que poderiam ter motivo ou desejo de vingança contra o pai, a mãe ou a madrasta?
Já disse que não estou defendendo, mas me espando de que a mídia e a opinião pública já tenham - prematuramente - julgado, condenado e executado a sentença.
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