Ideli pode processar colega por "galinha cacarejadora"
Fábio Góis no Congresso em Foco
"A galinha como se vê na foto é uma bela espécie da raça, o que decididamente a senadora não é e tem um aspecto simpático, bem ao contrário daquele da ministra." (G.S.)
O episódio que envolveu há pouco em um intenso bate-boca o senador Mão Santa (PMDB-PI) e a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), não deve ser sepultado com o fim da sessão de hoje (2) no plenário da Casa. Ao Congresso em Foco, ambos os parlamentares comentaram as declarações do peemedebista, que chegou a atribuir à ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) um pitoresco qualificativo – que enfureceu Ideli, ofendida na condição de mulher.
Citando o livro "Mein Kampf" ("minha luta", em português), escrito pelo líder nazista Adolf Hitler, Mão Santa afirmou que a ministra Dilma não era a “mãe do PAC” (Programa de Aceleração do Crescimento), mas sim uma “galinha cacarejadora” do governo. Mão Santa se referia analogicamente ao fato de que a ministra supostamente “alardeia” (eufemismo para o referido “cacarejo”) as obras do PAC antes mesmo das inaugurações.
Após o pronunciamento do peemedebista, a senadora Ideli Salvatti pediu a transcrição das notas taquigráficas, uma vez que, segundo ela, o termo ofendia a ministra e às mulheres em geral. A pedido do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), e da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), o senador Romeu Tuma (PTB-SP) – que presidia a sessão no momento – pediu para que a expressão fosse retirada das notas taquigráficas do discurso de Mão Santa.
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